Com a administração Trump em vigor, o governo dos Estados Unidos suspendeu a ajuda humanitária para uma agência da Organização das Nações Unidas que presta auxílio aos imigrantes em Manaus. A decisão foi tomada em conformidade com as diretrizes do presidente norte-americano, que ordenou a interrupção imediata do uso de fundos destinados à assistência humanitária. Isso impactou diretamente os serviços providos pela entidade aos imigrantes venezuelanos não só no Amazonas, mas também em outros quatro estados da região Norte.

Segundo informações obtidas, a suspensão da ajuda humanitária trará consequências graves para milhares de imigrantes que ficarão impedidos de acessar os serviços de regularização migratória, saúde e alimentação no Brasil. A paralisação de 90 dias afetará significativamente a capacidade de assistência da Entidade, que é fundamental na operação de acolhida e regularização de migrantes venezuelanos que chegam ao país através de Roraima desde 2018.

A Organização Internacional para as Migrações (OIM) ressalta que a redução dos recursos comprometerá diretamente a infraestrutura e as operações de acolhimento e atendimento de migrantes e refugiados, uma vez que 60% dos seus recursos no Brasil provêm dos Estados Unidos. A OIM continua em diálogo com o Governo Federal e autoridades locais para tentar manter suas operações o máximo possível, visando a garantir a proteção e uma migração humanizada.

O desdobramento dessa suspensão parcial afetará diversas áreas de atividade da OIM, desde regularização migratória até combate ao tráfico de pessoas e apoio técnico em políticas de integração. A entidade está comprometida em seguir sua missão de proteger as pessoas em movimento e promover uma migração digna e ordenada que beneficie tanto os migrantes quanto a sociedade de acolhida.

Por meio de nota, a OIM em Manaus informou que buscará continuar suas atividades, mantendo o diálogo e a colaboração com o governo federal e local, dentro das suas capacidades. A busca por alternativas que minimizem os impactos do corte de verbas é uma prioridade da entidade, que também busca apoio e entendimento das autoridades brasileiras para superar esse desafio e manter a assistência aos migrantes.

O desembarque de brasileiros deportados dos Estados Unidos em Manaus gerou polêmica devido às condições em que foram transportados. Inicialmente algemados e acorrentados, o ministro da Justiça solicitou o uso de avião da FAB para remover as algemas, respeitando a soberania nacional. O tratamento considerado indigno dado aos deportados causou revolta e foi motivo de nota oficial do Governo Federal, que buscará esclarecimentos junto às autoridades americanas.

Nesse contexto, fica evidente a importância da assistência humanitária e da regularização migratória para garantir a dignidade e os direitos dos imigrantes no Brasil. A colaboração entre organizações internacionais, entidades governamentais e sociedade civil torna-se essencial para enfrentar os desafios decorrentes das mudanças nas políticas migratórias, visando sempre a proteção e a promoção do bem-estar de todos os envolvidos.