Trump usa tom ameaçador contra Coreia do Norte

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, escreveu nesse sábado (7), em tom ameaçador, sobre as tentativas de diálogo no passado com a Coreia do Norte, garantindo que não há mais o que tratar com o regime liberado por Kim Jong-un. A informação é da Agência EFE.

“Só uma coisa funcionará”, afirmou o chefe de Estado,em seu perfil no Twitter, sem especificar qual a medida a ser adotada.

“Presidentes e suas administrações estiveram conversando com a Coreia do Norte durante 25 anos. Os acordos firmados e a quantidade em massa de dinheiro pago não funcionaram”, escreveu o presidente americano.

De acordo com Trump, os acordos com o regime do país asiático foram “violados antes que a tinta estivesse seca. Os negociadores dos EUA sempre foram enganados”.

Um pouco depois, o presidente foi perguntado sobre o que pensa em fazer com a Coreia do Norte. “Vocês saberão logo”, limitou-se a responder.

Os tuítes foram publicados dois dias depois de uma reunião com militares do alto escalão na Casa Branca, em que o presidente americano sugeriu que o momento atual é de “calmaria antes da tempestade.

No mês passado, Trump apostou na retórica dura, como resposta aos programas norte-coreanos de armas nucleares e mísseis balísticos, durante a Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas, ameaçando “destruir totalmente” o país asiático.

No último fim de semana, o presidente classificou como “perda de tempo” as tentativas do secretário de Estado, Rex Tillerson, de negociar com o regime norte-coreano. A Casa Branca garante que o único contato que pretende é para conseguir liberar três cidadãos americanos detidos no país.

Fonte: Agência Brasil

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Tribunal Penal Internacional emite mandado de prisão contra Netanyahu e líder do Hamas por crimes de guerra

O Tribunal Penal Internacional (TPI) emitiu, nesta quinta-feira, 21, mandados de prisão internacional para o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, o ex-ministro da Defesa israelense, Yoav Gallant, e o líder do Hamas, Mohammed Deif, por supostos crimes de guerra e contra a humanidade.
 
Os mandados foram expedidos após o procurador do TPI, Karim Khan, ter solicitado a prisão deles em maio, citando crimes relacionados aos ataques do Hamas a Israel em 7 de outubro de 2023 e à resposta militar israelense em Gaza. O TPI afirmou ter encontrado “motivos razoáveis” para acreditar que Netanyahu e Gallant têm responsabilidade criminal por crimes de guerra, incluindo a “fome como método de guerra” e os “crimes contra a humanidade de assassinato, perseguição e outros atos desumanos”.
 
Netanyahu e Gallant são acusados de terem privado intencionalmente a população civil de Gaza de bens essenciais à sua sobrevivência, como alimentos, água, medicamentos, combustível e eletricidade, entre outubro de 2023 e maio de 2024. Essas ações resultaram em consequências graves, incluindo a morte de civis, especialmente crianças, devido à desnutrição e desidratação.
 
Mohammed Deif, líder militar do Hamas, também foi alvo de um mandado de prisão. O TPI encontrou “motivos razoáveis” para acreditar que Deif é responsável por “crimes contra a humanidade, incluindo assassinato, extermínio, tortura, estupro e outras formas de violência sexual, bem como crimes de guerra de assassinato, tratamento cruel, tortura, tomada de reféns, ultrajes à dignidade pessoal, estupro e outras formas de violência sexual”.
 
Os mandados de prisão foram emitidos para todos os 124 países signatários do TPI, incluindo o Brasil, o que significa que os governos desses países se comprometem a cumprir a sentença e prender qualquer um dos condenados caso eles entrem em territórios nacionais.
O governo israelense rejeitou a decisão do TPI, questionando a jurisdição do tribunal sobre o caso. No entanto, os juízes rejeitaram o recurso por unanimidade e emitiram os mandados. O gabinete de Netanyahu classificou a sentença de “antissemita” e “mentiras absurdas”, enquanto o líder da oposição, Yair Lapid, a chamou de “uma recompensa ao terrorismo”. O ex-primeiro-ministro israelense Naftali Bennett também criticou a decisão, considerando-a uma “vergonha” para o TPI.
O conflito na Faixa de Gaza, que se arrasta há mais de um ano, deixou milhares de mortos e devastou a região. A decisão do TPI simboliza um avanço na responsabilização por crimes graves, embora sua eficácia prática seja limitada, dado que Israel e os Estados Unidos não são membros do TPI e não reconhecem sua jurisdição.

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