TSE atende partido de Bolsonaro e proíbe manifestações políticas no Lollapalooza

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE), por meio de decisão do ministro Raul Araújo, decidiu proibir manifestações políticas durante as apresentações do festival Lollapalooza 2022, em São Paulo. A decisão acata o pedido do PL, partido do presidente Jair Bolsonaro.

Neste sábado (26), a legenda acionou a Corte, depois de a cantora Pablo Vittar ter levantado uma toalha com a foto do ex-presidente Lula, durante sua apresentação no festival.

Na decisão, o ministro do TSE entendeu que manifestações feitas por artistas, durante o evento, são caracterizadas como propaganda político-eleitoral. Pelo despacho do ministro Raul Araújo, fica proibida “a realização ou manifestação de propaganda eleitoral ostensiva e extemporânea em favor de qualquer candidato ou partido político por parte dos músicos e grupos musicais que se apresentem no festival”. O descumprimento da medida pode levar à multa de R$ 50.000,00 por ato de descumprimento.

No pedido do partido de Bolsonaro, a sigla afirma que a manifestação política durante o Lollapalooza fere dispositivos legais. “Eis porque a manifestação política em mais de um show, uma em absoluto desabono ao pré-candidato Jair Bolsonaro e outra em escancarada propaganda antecipada em favor de Luiz Inácio negativa e antecipada além de promoverem verdadeiro showmício, sendo indiferente se o evento foi custeado pelo candidato ou se o mesmo esteve presente no ato”, diz o documento.

No entanto, o mesmo partido promove, neste domingo, um evento para reunir apoiadores de Bolsonaro em Brasília. Em um primeiro momento, o convite convidava para o “lançamento da pré-candidatura” do presidente à reeleição. Mas, depois, a legenda passou a chamar de “ato de filiação” de novos integrantes.

 

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STF rejeita queixa de Michelle Bolsonaro contra Erika Hilton

Nesta quinta-feira, 26, o Supremo Tribunal Federal (STF) tomou uma decisão significativa, rejeitando a queixa apresentada por Michelle Bolsonaro contra a deputada federal Erika Hilton. A queixa foi motivada por um comentário feito por Erika Hilton em março, que criticava a entrega do título de cidadã paulistana à ex-primeira-dama.

A decisão do STF mantém a imunidade parlamentar de Erika Hilton, protegendo-a de processos judiciais por declarações feitas no exercício de seu mandato. Essa imunidade é uma garantia constitucional para os parlamentares, permitindo-lhes expressar suas opiniões sem medo de represálias legais.

Acusações

Michelle Bolsonaro havia acusado Erika Hilton de injúria e difamação, alegando que as declarações da deputada a ofenderam. A ex-primeira dama pedia uma indenização de R$ 15 mil pelos comentários feitos pela parlamentar em março deste ano.

Na época, a psolista escreveu: “Não dá nem para homenagear Michelle Bolsonaro por nunca ter sumido com o cachorro de outra família porque literalmente até isso ela fez”. O comentário se refere ao caso do animal adotado pela ex-primeira-dama em 2020 que já tinha dono.

No entanto, o STF considerou que as afirmações de Erika Hilton estavam cobertas pela imunidade parlamentar, o que a isenta de responsabilidade legal por essas declarações.

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