Tumulto no Centro do Rio: Desocupação de prédio gera polêmica e denúncias de agressão

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A desocupação de um prédio no Centro do Rio gerou tumulto e polêmica neste domingo (7), com o uso de gás de pimenta por agentes da Polícia Militar e da Secretaria de Ordem Pública (Seop). Deputados denunciaram agressões por parte dos agentes da Guarda Municipal, enquanto o prefeito Eduardo Paes afirmou que a ação da PM e da GM estava dentro da legalidade.

Durante a operação, uma pessoa foi detida e duas ficaram feridas, sendo encaminhadas ao Hospital Souza Aguiar. A confusão teve início quando cerca de 40 famílias, incluindo mulheres, crianças e idosos, foram removidas de um prédio na Avenida Venezuela, na Região Portuária do Rio, sem uma ordem judicial, o que gerou tensão e protestos no local.

O edifício, de propriedade da construtora Cury e em processo de doação para a Prefeitura do Rio, havia sido ocupado por integrantes do Movimento de Luta dos Bairros, Vilas e Favelas (MLB), ligado ao Partido Socialismo e Liberdade (PSOL), que buscavam reivindicar moradia popular em um imóvel abandonado.

A Prefeitura pretende transformar o prédio no futuro Centro Cultural Rio África, com o objetivo de valorizar a cultura afro-brasileira e a memória da diáspora africana. O prefeito Paes e o governador Cláudio Castro ordenaram a desocupação, alegando que a presença das famílias comprometia o andamento das obras do centro cultural.

Durante a ação, os deputados Tarcísio Motta e professor Josemar, ambos do PSOL, registraram momentos de tensão com a Guarda Municipal. Relatos de violência surgiram, com o deputado Josemar acusando agentes de spray de pimenta e o deputado federal Tarcísio Motta alegando que a ocupação era pacífica, já que o prédio estava destinado a moradia popular pelo Governo Federal.

A polêmica em torno da desocupação levanta questões sobre as ações dos agentes da Seop e da GM, com denúncias de agressões e impedimento de fiscalização por parte dos deputados presentes no local. A Secretaria de Ordem Pública não se pronunciou sobre as supostas ilegalidades cometidas durante a operação, intensificando o debate sobre os limites da atuação dos órgãos públicos em situações como essa.

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