Turista é atingida por fogos de artifício em apartamento durante virada de ano em Navegantes: Casal sofre queimaduras graves

Uma turista foi atingida por fogos de artifício em um apartamento e sofreu queimaduras graves. Bianca Miranda, de 27 anos, teve queimaduras no peito e na mão durante a virada do ano em Navegantes, Santa Catarina. Um vídeo gravado por um casal mostra o momento em que as faíscas caíram na diagonal e atingiram a turista que estava na janela do apartamento.

Os ferimentos causados pelos fogos de artifício impactaram a saúde de Bianca. De acordo com o marido, Vitor Fresca, as queimaduras na mão foram de segundo grau e no peito, de quase terceiro grau, ocasionando a perda de parte da pele. A vítima revela que o vestido colou no corpo devido às queimaduras, e ela precisou ir para debaixo do chuveiro para tentar amenizar a situação.

Bianca e Victor são naturais de Porto Alegre e escolheram passar o ano novo em Navegantes, alugando um apartamento para presenciar as celebrações. Após o incidente, o casal buscou atendimento médico no Hospital Nossa Senhora dos Navegantes, onde receberam medicação para dor, anti-inflamatórios e antibióticos, além de orientações sobre os cuidados necessários para a recuperação.

Durante a queima de fogos, um artefato pirotécnico atingiu o quinto andar do prédio onde Bianca e Victor estavam hospedados. O casal relata que havia muita fumaça nas ruas e que decidiram registrar a virada do ano da janela do apartamento. Da janela lateral, observaram os fogos baixos e os clarões próximos quando foram atingidos pelas faíscas.

A prefeitura de Navegantes informou que está investigando o caso e notificará a empresa responsável pela queima de fogos para prestar esclarecimentos. A empresa licitada possuía todas as credenciais exigidas e a montagem foi feita por brigadistas conforme a legislação. Os bombeiros estão apurando os fatos, mas afirmam que todos os documentos estavam regulares e a distância de segurança foi respeitada.

O incidente envolvendo os fogos de artifício na virada do ano gerou consequências para o casal, que antecipou o retorno ao Rio Grande do Sul devido aos ferimentos causados em Bianca. Os órgãos competentes prosseguem com a investigação para esclarecer o ocorrido e buscar formas de prevenir novos acidentes. A segurança em eventos pirotécnicos se torna ainda mais relevante diante dessa situação.

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Chef cria ‘limão doce’ e manga com gengibre para enganar paladar: frutas fake que encantam os sentidos

Frutas fake: chef cria ‘limão doce’ e manga com gengibre para enganar os sentidos

Empreendedora de Curitiba apostou em produto pouco conhecido para se destacar no ramo de confeitaria. Para especialista, cenário para quem empreende no setor é positivo, impulsinado desde a pandemia.

Azedo ou doce? Chef cria sobremesas que imitam frutas

Quando a vida deu um limão à empresária Juliana Demário, de 43 anos, ela resolveu fazer… um doce idêntico à fruta. A chef, que mora em Curitiba, apostou em uma ramo da confeitaria em que sobremesas criam ilusões, imitando objetos ou, no caso dela, frutas. Na culinária, a técnica é chamada de entremet. As criações realistas da empreendedora despertam curiosidade, especialmente nas redes. Os limões feitos por ela tem recheio de gel de amora. Outro exemplo é a manga, que por dentro, tem a própria fruta misturada com gengibre. Além das redes, os doces também estão na vitrine da loja física de Juliana, que, em um primeiro momento, pode até parecer um horti-fruti, mas é uma confeitaria. Os valores de cada doce variam de R$ 30 a R$ 40, e a produção semanal é de cerca de 500 itens.

A chef explica que a técnica é inspirada na ideia do confeiteiro francês Cédric Grolet, famoso nas redes sociais e que soma mais de 11 milhões de seguidores. Segundo ela, no entremet do confeiteiro Cedric, a receita tenta imitar o gosto real do que ela estiver recriando. Se a sobremesa for um limão, o gosto será mais próximo de um limão. Na receita de Juliana, o cliente enxerga a fruta, mas ao experimentar sente a mistura do toque cítrico e do doce, bem longe do sabor original que a fruta tem.

O negócio criado por Juliana é uma das 716.192 Microempresas (ME) e Empresas de Pequeno Porte (EPP) registradas no Paraná. Especificamente sobre as confeitarias, o cenário econômico é positivo, uma vez que o setor apresentou crescimento nos últimos anos. Veja números abaixo. O Paraná conta com 4.525 confeitarias. Curitiba lidera o ranking, com 2.081 pequenos empreendimentos. Em segundo lugar aparece Londrina, com 482 confeitarias, seguida de Maringá, com 348. Confira os dados no gráfico acima.

Entre os possíveis motivos que impulsionaram este crescimento está o aumento do consumo das chamadas comfort food – gastronomia afetiva, em tradução livre, como explica Giubertoni. Segundo a consultora, muitas pessoas passaram a buscar mais conforto na comida, assim os doces e bolos se tornaram uma maneira de trazer alegria em tempos difíceis, como foi na pandemia. Além disso, a consultora destaca que a pandemia possibilitou chefs e confeiteiros a aproveitarem o isolamento para buscar formas de se criar novos produtos, o que trouxe uma onda de inovação e ajudou o setor a se destacar.

No caso de Juliana, ela resolveu apostar no segmento em 2019. Houve dificuldade em fazer o negócio engrenar porque, segundo ela, era uma época em que as pessoas não entendiam a proposta e, por isso, os doces não despartavam tanto interesse. Na pandemia, porém, o cenário mudou e o setor da confeitaria ganhou destaque, como apontam dados da Associação Brasileira da Indústria de Panificação e Confeitaria (ABIP). Em 2021, o mercado de panificação e confeitaria faturou R$ 105,85 bilhões no país, um crescimento de 15,3% em relação a 2020.

Com colaboração de Caroline Maltaca, assistente de produtos digitais do g1 Paraná.

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