Turista é morta em comunidade: motorista relata detalhes angustiantes; justiça clama por segurança em transporte por aplicativo

Um triste episódio ocorreu na noite do último dia 28 no Rio de Janeiro, quando a turista Diely Silva, de 34 anos, foi morta após o carro de aplicativo em que estava entrar por engano na comunidade do Fontela, em Vargem Pequena, Zona Oeste da cidade. O motorista do veículo, Anderson Sales Pinheiro, natural de Pernambuco e residente no Rio desde agosto deste ano, prestou depoimento à Delegacia de Homicídios da Capital (DHC) e relatou detalhes angustiantes do que aconteceu. Anderson afirmou que, ao ouvir os disparos feitos por traficantes da comunidade, abaixou as janelas do carro, acendeu a luz interna, ligou o pisca-alerta e seguiu acelerando para fugir do local.

Segundo informações divulgadas pela Polícia Civil, o responsável pelo disparo que vitimou Diely foi identificado como um adolescente de 16 anos, que se refugiou no Complexo da Penha, quartel general do Comando Vermelho localizado na Zona Norte da cidade. A tragédia abalou não apenas a família e amigos de Diely, mas também uma amiga da turista que, desolada com a situação, desistiu de passar o réveillon no Rio e retornou para São Paulo. Diely viajou para o Rio acompanhada de três amigas, com a intenção de curtir seu segundo réveillon na cidade.

Anderson Sales, o motorista do carro de aplicativo, contou que aceitou a corrida de Diely e sua amiga, que tinham como destino a Gávea, na Zona Sul. Ele seguiu as instruções do aplicativo de trânsito, que não indicou o local como área de risco. No entanto, ao adentrar a comunidade do Fontela, ouviu sons de disparos e vidro quebrado, seguidos por tiros. Enquanto tentava fugir do local, percebeu que estava ferido e acelerou em busca de socorro. Após indicar a polícia militar, foi encaminhado ao hospital para receber atendimento médico.

A morte de Diely foi um golpe duro para seus familiares, que tiveram que lidar com a tristeza de perder um ente querido de forma tão abrupta. Seu corpo foi encaminhado ao Instituto Médico-Legal (IML) e posteriormente liberado para o sepultamento em sua cidade natal, na Bahia. A turista, que morava no interior de São Paulo, havia chegado ao Rio na manhã do sábado junto com suas amigas, ansiosa para aproveitar mais um réveillon na cidade. A negligência do aplicativo em não alertar sobre a região perigosa onde Diely foi morta trouxe consequências devastadoras e levantou questionamentos sobre a segurança dos motoristas e passageiros de aplicativos de transporte.

É fundamental que medidas sejam tomadas para garantir a segurança de todos os envolvidos nesse tipo de serviço, a fim de evitar tragédias como a que vitimou Diely Silva. A identificação e punição dos responsáveis pelo crime são passos importantes para promover justiça e prevenir que casos semelhantes ocorram no futuro. A sociedade clama por mais segurança e responsabilidade por parte das empresas que oferecem esse tipo de serviço, a fim de garantir que os usuários possam se deslocar com tranquilidade e sem correr riscos. Que a morte de Diely não seja em vão e que sirva de alerta para que mudanças urgentes sejam implementadas no setor de transporte por aplicativo.

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“Quadrilha de golpes de falso empréstimo é desmantelada no Rio – Notícias e alerta de segurança para a população”

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A ação policial que resultou no fechamento de um “call center” clandestino de golpes de falso empréstimo no Centro do Rio trouxe à tona uma operação criminosa que vinha lesando diversas vítimas. A quadrilha, que atuava com promessas de redução de parcelas e quitação de dívidas anteriores, foi alvo de uma investigação da Delegacia Especial de Atendimento à Pessoa da Terceira Idade (Deapti). Com a prisão de 45 pessoas e a apreensão de materiais como troféus e medalhas utilizados como prêmios por metas de golpes aplicados, a polícia evidenciou a extensão e gravidade das atividades ilícitas do grupo, que se estendia a outros estados.

De acordo com o delegado Mario Luiz da Silva, a ação que resultou no fechamento do “call center” decorre de um inquérito anterior que investigava uma quadrilha atuando na Baixada Fluminense. A expansão do grupo para o Centro do Rio se deu em meio a práticas fraudulentas que enganavam diversas vítimas, principalmente mulheres em situação de vulnerabilidade. Os operadores do esquema ofereciam transações fraudulentas sem qualquer documentação legal que respaldasse suas atividades, atraindo vítimas com promessas falsas de empréstimos vantajosos.

Além dos troféus e medalhas, os policiais apreenderam equipamentos eletrônicos, tabelas de produtividade, máquinas de contagem de dinheiro e documentos que comprovam transações bancárias realizadas com possíveis vítimas em diferentes estados, como Rio Grande do Sul, Minas Gerais e Goiás. Os detidos foram autuados por associação criminosa, e a polícia destacou a conexão dos equipamentos apreendidos a aplicativos utilizados por quadrilhas de falso empréstimo para obter dados financeiros, endereços e contatos das vítimas, facilitando o golpe.

Segundo o delegado da Silva, o modus operandi da quadrilha envolvia convencer a vítima a contrair um novo empréstimo, prometendo quitar dívidas anteriores e oferecendo dinheiro extra. No entanto, uma vez que o valor era depositado em contas indicadas pelos criminosos, a vítima ficava sem qualquer contato posterior e arcava com os prejuízos. Uma das equipes do “call center” se autodenominava “lions”, com subdivisões como “Afeganistão” e “Paquistão”, ainda sem esclarecimento sobre o significado dessas denominações.

A ação da polícia no fechamento do “call center” clandestino no Centro do Rio evidencia a importância do combate aos golpes financeiros que prejudicam a população. A investigação e a prisão dos envolvidos representam um avanço na segurança pública, além de alertar sobre a necessidade de proteger os consumidores contra esquemas fraudulentos. O trabalho das autoridades para desarticular quadrilhas como essa contribui para a prevenção de crimes e a punição dos responsáveis, garantindo a segurança e a integridade da sociedade.

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