Turistas agredidos em Porto de Galinhas negam que estivessem alcoolizados em confusão: ‘Só falaram mentira’
Johnny Andrade e Cleiton Zanatta se envolveram em uma briga com vendedores de barracas após uma divergência sobre o preço cobrado pelo uso de cadeiras e guarda-sol. Os comerciantes alegam que um dos turistas aplicou um golpe de mata-leão em um garçom.
Os turistas agredidos por barraqueiros em Porto de Galinhas contestaram a versão apresentada pelos vendedores sobre o incidente. Em uma postagem feita no Instagram, os empresários Johnny Andrade e Cleiton Zanatta negaram que estivessem embriagados antes do confronto.
A confusão se iniciou quando os turistas se recusaram a pagar R$ 80 pelo aluguel de cadeiras e um guarda-sol. De acordo com os barraqueiros, um dos clientes teria batido no cardápio e agredido o garçom que os atendeu.
No vídeo de esclarecimento, não há menção a esse golpe. O DE procurou o casal para obter informações sobre o incidente relatado pelo garçom, mas até o momento da última atualização da matéria, não havia recebido resposta.
Johnny Andrade explicou que eles levaram apenas meio litro de uísque para a praia, pois acharam os preços das bebidas vendidas nas barracas muito elevados. Após consumirem duas doses de uísque, foram para a água e, em seguida, ocorreu o incidente.
As agressões ocorreram no sábado (27), e imagens gravadas por testemunhas mostram aproximadamente 20 barraqueiros agredindo os turistas com socos e chutes. Um equipe de guarda-vidas teve que intervir e resgatar o casal, que foi encaminhado à Delegacia de Porto de Galinhas.
Após a confusão, Johnny precisou ser atendido em uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) e posteriormente foi encaminhado ao Hospital de Ipojuca. No hospital, um policial solicitou que o casal pagasse a quantia exigida pela proprietária da barraca. A deputada federal Erika Hilton (PSOL-SP) pediu esclarecimentos ao governo de Pernambuco sobre a atuação da polícia no caso.
As vítimas pagaram a quantia exigida dentro do hospital e disponibilizaram um comprovante de pagamento à imprensa. Ao todo, 30 pessoas teriam participado da agressão aos turistas, que se recusaram a pagar um valor superior ao combinado pelo uso das cadeiras e guarda-sol na praia de Porto de Galinhas.
Os barraqueiros negaram que as agressões tenham sido motivadas por homofobia, alegando que não cobraram nenhum valor adicional. A prefeitura de Ipojuca interditou a barraca onde o incidente ocorreu e identificou 14 envolvidos na confusão. Medidas emergenciais foram estabelecidas para regularizar o comércio no litoral, incluindo reforço na fiscalização e afastamento temporário dos funcionários envolvidos até o fim das investigações.




