Turistas morrem após consumirem bebidas contaminadas no Laos

Seis turistas estrangeiros faleceram e vários outros estão hospitalizados após uma suspeita de intoxicação maciça por álcool adulterado com metanol em Vang Vieng, um popular destino turístico no Laos. As vítimas incluem duas adolescentes australianas, duas turistas dinamarquesas, uma britânica e um cidadão americano.
 
A tragédia ocorreu após uma noite de festa em 12 de novembro, quando os turistas consumiram bebidas alcoólicas no Nana Hostel. As duas australianas, Bianca Jones e Holly Bowles, ambas de 19 anos, começaram a se sentir mal no albergue e foram posteriormente transferidas para hospitais na Tailândia devido à gravidade de seus sintomas. A ministra de Relações Exteriores da Austrália, Penny Wong, confirmou a morte de Holly Bowles, um dia após a morte de sua amiga Bianca Jones.
 
O gerente e o proprietário do Nana Hostel foram detidos pela polícia laosiana para interrogatório, embora nenhuma acusação formal tenha sido apresentada até o momento. O administrador do hostel havia mencionado que, na noite da suposta intoxicação, o albergue havia oferecido chupitos de vodka local a cerca de 100 hóspedes, incluindo as duas australianas, que mais tarde se dirigiram a outro bar.
 
As autoridades estão investigando o incidente e alertando os viajantes sobre os riscos de envenenamento por metanol ao consumir álcool no Laos. O metanol, adicionado para aumentar a potência das bebidas, pode causar cegueira, danos ao fígado ou morte. Países como Austrália, Nova Zelândia, Reino Unido, Estados Unidos e Canadá emitiram advertências de viagem, recomendando que os turistas comprem bebidas em estabelecimentos licenciados e evitem bebidas caseiras ou adulteradas.

Turismo em Vang Vieng

Vang Vieng, conhecida por ser um destino popular para mochileiros no sudeste asiático, tem sido um local de ecoturismo desde que o governo comunista do Laos abriu o país para o turismo. A cidade agora enfrenta uma crise após essas mortes trágicas.

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Ponte TO-MA: Agência irá avaliar qualidade da água de rio após queda de ponte

A Agência Nacional de Águas (ANA) anunciou nesta terça-feira, 24, que está avaliando a qualidade da água no Rio Tocantins, na área onde desabou a ponte Juscelino Kubitschek, entre os municípios de Aguiarnópolis (TO) e Estreito (MA). Essa medida se justifica devido à informação de que alguns dos caminhões que caíram no rio após a queda da ponte carregavam pesticidas e outros compostos químicos.

O foco das análises está no abastecimento de água a jusante (rio abaixo) a partir do local do acidente. A ANA, em conjunto com a Secretaria de Meio Ambiente do Maranhão, vai determinar os parâmetros básicos de qualidade da água e coletar amostras para as análises ambulatoriais. O objetivo é detectar os principais princípios ativos dos pesticidas potencialmente lançados na coluna d’água do rio Tocantins.

As notas fiscais dos caminhões envolvidos no desabamento apontam quantidades consideráveis de defensivos agrícolas e ácido sulfúrico na carga dos veículos acidentados. No entanto, ainda não há informações sobre o rompimento efetivo das embalagens, que, em função do acondicionamento da carga, podem ter permanecido intactas.

Devido à natureza tóxica das cargas, no domingo e segunda-feira, 23, não foi possível recorrer ao trabalho dos mergulhadores para as buscas submersas no rio. O Corpo de Bombeiros do Maranhão confirmou nesta terça-feira, 24, a morte de quatro pessoas (três mulheres e um homem) e o desaparecimento, até o momento, de 13 pessoas.

Sala de crise

Na quinta-feira, 26, está prevista a reunião da sala de crise para acompanhamento dos impactos sobre os usos múltiplos da água decorrentes do desabamento da ponte sobre o rio Tocantins. Além da própria ANA, outros órgãos participam da sala de crise, como o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (Ibama), o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e o Ministério da Saúde.

O Dnit está com técnicos no local avaliando a situação para descobrir as possíveis causas do acidente. Segundo o órgão, o desabamento foi resultado porque o vão central da ponte cedeu.

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