Tuta, sucessor de Marcola no PCC, capturado na Bolívia e transferido para prisão federal em Brasília – Atualização 2022

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Tuta, apontado como sucessor de Marcola no PCC, foi capturado na Bolívia e transferido para um presídio federal em Brasília. Marcos Roberto de Almeida, conhecido como Tuta, é considerado o novo número 1 da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC). Ele estava foragido há cinco anos e foi detido por uso de documentos falsos na Bolívia. No Brasil, ele tem duas prisões decretadas em investigações do Ministério Público de São Paulo (MP-SP).

Condenado a 12 anos de prisão no Brasil por crimes de organização criminosa, lavagem de dinheiro e tráfico de drogas, Tuta estava na Lista de Difusão Vermelha da Interpol desde 2020. Sua transferência para o Brasil foi coordenada pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública e pelo Ministério de Relações Exteriores. Uma operação da Polícia Federal, que contou com 50 integrantes, incluindo 12 operadores do Comando de Operações Táticas (COT), foi responsável por escoltá-lo até a Penitenciária Federal em Brasília.

Antes da transferência para Brasília, havia planos para que Tuta fosse levado para a Penitenciária II de Presidente Venceslau, interior de São Paulo. Porém, devido a questões logísticas e de segurança, ficará preso na capital federal, onde seu antecessor, Marcola, também está detido. A Polícia Penal Federal, com o apoio das polícias Civil e Militar do Distrito Federal, escoltou Tuta até a penitenciária.

A prisão de Tuta na Bolívia ocorreu na cidade de Santa Cruz de la Sierra, onde ele foi detido pelas autoridades bolivianas por uso de documentos falsos. A polícia boliviana informou que ele se apresentou como Maycon Gonçalves da Silva, tentando renovar um documento de identidade de estrangeiro. Após consulta, foi descoberto que se tratava de um procurado pela Interpol, e a PF foi acionada.

Em 2020, o Ministério Público de São Paulo identificou 21 suspeitos de integrar a nova cúpula do PCC, incluindo Tuta. Ele teria assumido o comando da facção por escolha de Marcola e estava foragido desde então. A Operação Sharks, em fevereiro de 2020, tinha como objetivo prender membros da nova cúpula do PCC, desmantelando um esquema de lavagem de dinheiro e tráfico de drogas.

A nova estrutura do PCC foi identificada pelo MP paulista, revelando a presença de Tuta e outros 20 líderes na organização criminosa. Além disso, uma operação conjunta com a Polícia Federal e a Fuerza Especial de Lucha contra el Crimen da Bolívia resultou na prisão de Tuta, desmantelando parte da cúpula do PCC. Todo o processo de captura e transferência do preso contou com a atuação integrada das autoridades brasileiras e bolivianas.

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