O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes teve o perfil verificado espontaneamente pelo Twitter. O “Twitter Blue” reconhece a autenticidade da conta e voltou a ser usado na rede social alguns dias após ser abolido para adoção de uma modalidade paga. Nos bastidores, o único integrante da Corte com o selo da plataforma nega ter comprado o recurso. Ele ganhou 500 mil seguidores desde as eleições de outubro do ano passado.
Moraes nem saberia o que é o “Twitter Blue”, de acordo com pessoas próximas. A modalidade teria sido bancada para algumas pessoas na plataforma. Em janeiro deste ano, ele foi criticado pelo dono do Twitter. Elon Musk afirmou que as decisões judiciais do ministro de suspensão de contas em redes sociais são “extremamente preocupantes”. Ele preside desde 2019 um inquérito que deve ser julgado no segundo semestre deste ano e pode responsabilizar redes sociais por publicações na internet e punir as pessoas envolvidas no processo.
A alegação de retorno do selo sem pagamento é a mesma do escritor norte-americano Stephen King e de atletas de times de basquete dos Estados Unidos. A rede social foi bombardeada com críticas por divulgar que cobraria pela verificação. Famosos como Neymar e Shakira haviam perdido a marca que aponta o perfil oficial. A novidade foi ideia de Musk, que comprou a plataforma em outubro do ano passado por aproximadamente R$ 220 bilhões.
A assinatura do serviço foi lançada no início de fevereiro ao custo de R$ 42 mensais ou R$ 440 no plano anual. Um banco de dados públicos indicou que somente 500 dos 400 mil usuários do Twitter bancaram o custo. A definição do selo era exclusiva para indicar contas autênticas, notáveis e ativas de interesse público. No site da empresa, a informação atual é de que o recurso sinaliza uma conta ativa com Twitter Blue em atendimento a critérios de elegibilidade ou que foi previamente verificada sob os critérios de verificação preexistentes (atividade, notoriedade e autenticidade).