Uber deve idenizar ex-motorista por bloqueio indevido de perfil

A justiça condenou a Uber a pagar R$ 5 mil a um ex-motorista da rede por bloqueio indevido do seu perfil, em Goiânia. A empresa teria feito o bloqueio alegando que houve fraude na documentação fornecida, mas não conseguiu provar o fato.

De acordo com os autos, o homem teve seu perfil bloqueado de forma inesperada no aplicativo. Por causa disso, entrou na justiça pedindo uma indenização e o reconhecimento de vínculo de trabalho. Ele alegou que a interrupção dos serviços causou dificuldades financeiras que dificultaram a sua subsistência.

A Uber, por outro lado, argumentou que o motorista teve condutas que violaram os termos de uso do app. De acordo com a empresa ele havia fraudado a documentação fornecida.

O juiz responsável pelo caso, Rodrigo Fonseca, afirmou que a empresa não conseguiu provar que os documentos foram fraudados. A responsabilidade de provar a conduta, de acordo com o juiz cabia à empresa, uma vez que foi ela que fez a alegação.

Apesar da decidir de forma favorável sobre a indenização, o juiz rejeitou o pedido de reconhecimento de vínculo empregatício. Para ele, não houve o princípio de subordinação do ex-motorista e a empresa, pois havia liberdade para denir quando e onde trabalharia.

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Indiciado, Bolsonaro diz que Moraes “faz tudo o que não diz a lei”

Após ser indiciado pela Polícia Federal (PF), o ex-presidente Jair Bolsonaro publicou em sua conta na rede social X, nesta quinta-feira (21), trechos de sua entrevista ao portal de notícias Metrópoles. Na reportagem, ele informa que irá esperar o seu advogado para avaliar o indiciamento. 

“Tem que ver o que tem nesse indiciamento da PF. Vou esperar o advogado. Isso, obviamente, vai para a Procuradoria-Geral da República. É na PGR que começa a luta. Não posso esperar nada de uma equipe que usa a criatividade para me denunciar”, disse o ex-presidente.

Bolsonaro também criticou o ministro Alexandre de Moraes, relator do processo no Supremo Tribunal Federal (STF). “O ministro Alexandre de Moraes conduz todo o inquérito, ajusta depoimentos, prende sem denúncia, faz pesca probatória e tem uma assessoria bastante criativa. Faz tudo o que não diz a lei”, criticou Bolsonaro.

Bolsonaro é um dos 37 indiciados no inquérito da Polícia Federal que apura a existência de uma organização criminosa acusada de atuar coordenadamente para evitar que o então presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, e seu vice, Geraldo Alckmin, assumissem o governo, em 2022, sucedendo ao então presidente Jair Bolsonaro, derrotado nas últimas eleições presidenciais.

O relatório final da investigação já foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF). Também foram indiciados pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa o ex-comandante da Marinha Almir Garnier Santos; o ex-diretor da Agência Brasileira de Informações (Abin) Alexandre Ramagem; o ex-ministro da Justiça Anderson Torres; o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Augusto Heleno; o tenente-coronel do Exército Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro; o presidente do PL, Valdemar Costa Neto; e o ex-ministro da Casa Civil e da Defesa, Walter Souza Braga Netto.

Na última terça-feira (19), a PF realizou uma operação para prender integrantes de uma organização criminosa responsável por planejar os assassinatos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do vice-presidente, Geraldo Alckmin, e do ministro Alexandre de Moraes.

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