A chefe da diplomacia da União Europeia (UE), Kaja Kallas, ressaltou a importância dos Estados Unidos como maior aliado do continente, mesmo após críticas do governo Trump. O novo documento estratégico de segurança nacional dos EUA classificou a Europa como enfrentando uma ‘extinção civilizacional’ e busca reafirmar o domínio americano no Hemisfério Ocidental. Segundo a estratégia, os aliados europeus são vistos como enfraquecidos, levando Washington a criticar políticas de imigração e liberdade de expressão na região.
Kallas reconheceu que a Europa precisa ter mais confiança em seu próprio poder, especialmente em relação à Rússia. No entanto, ela afirmou que os EUA seguem sendo o maior aliado europeu, apesar das discordâncias em alguns temas. A diplomata também criticou o papel dos EUA nas negociações de paz na Ucrânia, ressaltando a importância de não recompensar agressões para garantir uma paz duradoura.
A estratégia de segurança dos EUA, motivada pelo lema ‘América em primeiro lugar’ de Trump, destaca a predominância americana no Hemisfério Ocidental e questiona a confiabilidade de longo prazo dos parceiros europeus. O documento faz duras críticas às democracias europeias e incentiva o fortalecimento de partidos de ultradireita na região. Por outro lado, busca maior influência na América Latina, com ataques a embarcações suspeitas e possíveis ações militares na Venezuela.
Para a Comissão Europeia, as acusações do governo dos EUA são refutadas, enquanto as críticas são comparadas ao discurso de Vladimir Putin. A Alemanha reforça a importância da aliança transatlântica, mas ressalta que questões como liberdade de expressão não devem ser tema na Otan. Por fim, a estratégia americana aponta para a revisão da presença militar na América Latina, além de uma abordagem mais cautelosa no Oriente Médio e China, abandonando políticas de importunação em nações regionais.




