UEG exonera professor suspeito de crimes sexuais contra alunas

A Universidade Estadual de Goiás (UEG) exonerou um professor denunciado por assédio sexual e moral contra alunas em 2023. De acordo com a decisão publicada no Diário Oficial do Estado de Goiás nesta sexta-feira, 12, o docente foi exonerado por “prática de transgressões disciplinares” e não poderá assumir cargo, função, mandato ou emprego público estadual pelos próximos dez anos. Decisão poderá ser recorrida pelo professor em até 10 dias.

A primeira denúncia contra o professor foi feita em junho de 2023, na ouvidoria da instituição de ensino e para a Polícia Civil. Depois dela, outras ex-alunas do curso de química industrial da Universidade Estadual de Goiás (UEG) também denunciaram o docente por assédio sexual e moral, ocorridas dentro do campus Henrique Santillo, em Anápolis, a 55 km de Goiânia.

Segundo a denúncia, os assédios aconteceram entre 2008 e 2010. As alunas relataram que o professor se aproveitava de sua posição para investir sexualmente contra as alunas. A partir disso, a Polícia Civil passou a apurar o caso.

Na época, o advogado do docente informou que as acusações foram feitas devido a um “suposto” rancor das estudantes por não terem sido aprovadas ou se sentido prejudicadas nas matérias que cursaram com o professor, por “pura falta de capacidade delas”. Ainda segundo a defesa, as denúncias tinham o objetivo de sujar a honra do professor, que trabalha no câmpus desde 1999.

Em nota, a universidade informou que uma sindicância para apurar o caso foi instaurada para apurar o caso logo após a denúncia. A instituição também disse ter tomado providências para que o docente não tivesse mais contato com a aluna que denunciou o crime.

O professor ficou afastado das funções até agosto deste ano, retornando para a instituição com atividades restritas à pesquisas desenvolvidas em laboratórios específicos.

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