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UEG relata descoberta de novas espécies de pseudoescorpiões

Última atualização 04/06/2023 | 15:25

A Universidade Estadual de Goiás (UEG) confirmou duas novas espécies de pseudoescorpiões, pequenos aracnídeos medindo 1,5 milímetro. A descoberta foi confirmada no último dia 13 de maio, na publicação de um artigo científico – “Two new cave-dwelling pseudoscorpion species (Arachnida: Pseudoscorpiones) from Northeastern Brazil” (Duas novas espécies de pseudoescorpiões cavernícolas (Arachnida: Pseudoscorpiones) do Nordeste do Brasil, em tradução livre) – na revista Zootaxa, da Nova Zelândia.

Os animais foram descobertos na caverna Furna do Morcego, no Parque Nacional de Catimbau, em Pernambuco, pelo pesquisador Eder Barbier, da Universidade Federal de Pernambuco. Já a confirmação foi feita pelo laboratório de Ecologia Comportamental de Aracnídeos da UEG, em Anápolis.

O estudo é de autoria do professor Dr. Everton Tizo, da UEG, do doutorando em Recursos Natuais do Cerrado da Universidade Estadual de Goiás (Renac-UEG) Edwin Dedoya-Roqueme, e dos professores doutores Eder Barbier, da Universidade Federal de Pernambuco, e André Felipe de Araújo Lira, da Universidade Federal de Campina Grande. Às novas espécies ganharam o nome de Gollum e Smaug, em alusão aos personagens de O Senhor dos Anéis e o Hobbit. 

De acordo com Everton Tizo, embora os aracnídeos pareçam escorpiões verdadeiros, eles não possuem o pós-abdome e o aguilhão inoculador de veneno, além de serem bem menores. ”Eles se abrigam sob as cascas de árvores, em meio às folhas no chão de florestas e nas frestas de rochas em cavernas. Alimentam-se de pequenos invertebrados e são inofensivos às pessoas.”, diz.

O pesquisador argumenta que o Brasil é a quinta maior fauna de falsos escorpiões, contando ao todo 184 espécies. Ainda segundo o estudioso, estes animais contribuem para o controle das populações de pequenos invertebrados que ocorrem nos diferentes ambientes, sendo ainda pouco conhecida no bioma brasileiro.