UFC rompe acordo de intercâmbio com universidade israelense em meio à crise em Gaza

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A UFC anunciou oficialmente o rompimento do acordo de intercâmbio com a Universidade Ben-Gurion, em Israel, devido à situação de guerra em Gaza. O programa de intercâmbio foi estabelecido em 2022, e desde então, as únicas atividades realizadas foram dois cursos online em 2023. Não há alunos em intercâmbio. O Conselho Universitário, principal órgão deliberativo da UFC, aprovou essa decisão em função da grave crise humanitária e do genocídio praticado pelo Estado israelense contra o povo palestino, especialmente na Faixa de Gaza.

De acordo com o Conselho Universitário, o rompimento do programa atende a um apelo da comunidade universitária e é uma forma de repudiar veementemente o genocídio em curso. A UFC manifestou solidariedade com o Povo Palestino que resiste às agressões, cancelando o Acordo para Programa de Intercâmbio e Cooperação Acadêmica com a universidade israelense. Além disso, a instituição cearense declarou que não manterá relações acadêmicas de colaboração com instituições israelenses, alinhando-se com outros órgãos brasileiros e internacionais que compartilham da mesma posição.

Segundo informações da UFC, o programa de intercâmbio havia sido firmado em 2022, e desde então, foram realizadas apenas duas atividades: um curso online e um hackaton, ambos concluídos em julho de 2023. A universidade esclareceu que não há alunos presenciais em intercâmbio com a Universidade Ben-Gurion nem vice-versa. O anúncio do rompimento do programa de intercâmbio aconteceu às vésperas do aniversário de dois anos dos ataques do grupo terrorista Hamas, em 7 de outubro de 2023, que resultaram em mais de 1.200 mortes e 251 sequestros.

O rompimento do acordo também coincide com a deportação de Israel da professora licenciada da UFC, deputada federal Luizianne Lins (PT), que estava na Flotilha Global Sumud, transportando ajuda humanitária para Gaza. O Conselho Universitário da UFC destacou o engajamento de Luizianne na causa pró-Palestina e manifestou solidariedade à deputada pelo seu histórico de militância em defesa dos direitos humanos, democracia, justiça social e liberdade dos povos. A decisão de romper o acordo de intercâmbio e apoiar ativamente a causa palestina reflete o compromisso da UFC com os valores humanitários e a busca por justiça social.

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