UFG confirma retorno das aulas presenciais

Por: Léticia Brito

O reitor da Universidade Federal de Goiás (UFG), professor Edward Madureira, confirmou o retorno das aulas presenciais a partir do primeiro semestre de 2022. Entretanto, ele informa que a retomada será realizada de forma gradual devido aos protocolos sanitários de contenção ao coronavírus.

Devido a pandemia, o calendário acadêmico da Universidade sofreu alterações e atrasos. O primeiro semestre do ano de 2021, finaliza em novembro (em condições normais, terminaria em julho). E o segundo, começa em dezembro. Durante entrevista ao programa Boa Semana UFG, da Rádio Universitária (870 AM), o reitor disse que as três primeiras semanas de janeiro/2022 o ensino permanecerá de forma remota, para até mesmo que os estudantes que não morem em Goiânia, possam se organizar para o retorno.

Algumas turmas da área de Saúde já estão com atividades presenciais desde novembro de 2020, em estágios e laboratórios.

O Grupo de Trabalho (GT) para Análise, Discussão e Construção do Protocolo de Retorno às Atividades Presenciais na UFG, se reunirá amanhã (23/9) para debater com os diretores das unidades acadêmicas sobre o retorno. Após as contribuições e possíveis melhorias, a proposta será apreciada pelo Conselho Universitário na próxima reunião, prevista para o dia 1 de outubro de 2021.

As opiniões se encontram

Para a estudante de Mestrado do Programa de Pós-graduação Interdisciplinar em Direitos Humanos, Eduarda Murad, é preciso que haja fomento do Governo Federal para o retorno:

“a Covid-19 é uma doença ainda desconhecida, sem tantos estudos aprofundados e a longo prazo. Não sabemos, de fato, se a terceira dose da vacina virá para todos. Eu acho que devemos retornar pela estrutura do ensino, pois vejo que muitas estudantes se sentem prejudicados com o ensino remoto, mas é necessário que continue havendo todas as medidas sanitárias, pois é uma doença que continua matando. E acredito que o Governo Federal não conseguirá manter os protocolos de saúde para essa retomada segura. Nos anos anteriores, a própria UFG não tinha papel higiênico em todos os banheiros, quem dirá álcool em gel e distanciamento social”, afirma.

A bióloga em formação, Mariana Braga, acredita ser o momento ideal para o retorno e também se queixa sobre o ensino remoto “no meu curso, nós precisamos de aulas práticas e de laboratórios. A gente fica prejudicado quando só temos esse contato remoto com a Universidade, não absorvendo os conteúdos da melhor forma possível”.

Em relação aos protocolos contra a Covid-19, ela acredita que a UFG deva cobrar a vacinação dos alunos, “os alunos que retornarem, precisam estar vacinados com as duas doses, para que não ocorra uma onda de Covid na UFG e, precisa analisar também se os números de casos estão reduzindo ate o final do ano. Caso haja um novo aumento, não podemos retornar”, diz.

Ela ainda salienta que a estrutura da UFG deva ser ponderada, pois com o tamanho das salas de aulas, não existirá distanciamento social.

 

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Cidade japonesa adota medidas para conter mau comportamento de turistas

Ginzan Onsen, famosa cidade de águas termais no Japão, implementou novas regras para controlar o comportamento dos visitantes e combater o turismo excessivo durante o inverno. Conhecida por suas paisagens cobertas de neve e seus edifícios tradicionais da era Edo, a cidade atrai milhares de viajantes todos os anos, mas sua popularidade trouxe desafios para os moradores locais.

Localizada na região de Yamagata, cerca de 420 km ao norte de Tóquio, Ginzan Onsen recebe cerca de 330 mil turistas anualmente. O destino é procurado não apenas pelas águas termais, mas também por sua beleza pitoresca, que, segundo especulações, inspirou o filme “A Viagem de Chihiro”, do renomado animador Hayao Miyazaki.

No entanto, o aumento no número de visitantes tem gerado conflitos por espaços para fotos, infrações de trânsito e problemas com estacionamento. Segundo um comunicado oficial, “muitos visitantes ficaram irritados por causa de bons locais para tirar fotos”, o que levou a desentendimentos e dificuldades na gestão da cidade.

Para reduzir os impactos, a partir de 7 de janeiro, Ginzan Onsen adotará restrições no acesso. Visitantes que quiserem entrar na cidade após as 17h precisarão adquirir um ingresso, ao custo de 1150 ienes (cerca de R$45). Aqueles sem reservas em hotéis locais serão proibidos de permanecer no local após as 20h.

Além disso, turistas que chegarem de carro deverão estacionar em um centro turístico próximo e utilizar ônibus para acessar a cidade. Essas medidas buscam melhorar a segurança e a experiência dos visitantes, especialmente em um ambiente onde estradas cobertas de neve frequentemente causam congestionamentos e dificultam a passagem de veículos de emergência.

Hiroyuki Ishii, representante do Escritório de Medidas contra o Excesso de Turismo de Ginzan Onsen, destacou que áreas estreitas para fotos têm gerado disputas entre os turistas, com relatos de pessoas quase caindo no rio após esbarrões.

Ginzan Onsen é mais um exemplo de destinos turísticos no Japão que têm adotado regulações diante do aumento recorde de visitantes. Até novembro deste ano, o país registrou 33 milhões de turistas estrangeiros, superando o recorde de 31,9 milhões de 2019, segundo dados da Organização Nacional de Turismo do Japão.

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