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UFG pode impedir aulas a alunos e profissionais resistentes à vacinação

Última atualização 05/03/2022 | 09:14

Na próxima segunda-feira (7), a Universidade Federal de Goiás (UFG) ampliará as atividades presenciais. A expectativa é de que metade das turmas funcionem de forma presencial ou híbrida. O passaporte da vacina será exigido, inclusive para o público externo que venha a visitar o campus.

Na graduação, são 4.768 turmas e pouco mais de 20 mil alunos. Entre as classes, 1.115 terão aulas presenciais, 1.285 estarão com ensino híbrido e 2.368 permanecem de forma remota. Ao longo da pandemia, a universidade vem ampliando, aos poucos, a quantidade de atividades presenciais, entre elas pesquisas em laboratório. “A expectativa é que a ampliação seja bastante impulsionada agora no dia 7 de março. Tendo em vista que já adiamos duas vezes a retomada, prezamos por retomar de forma segura”, afirma o pró-reitor de graduação, Israel Elias Trindade.

O Sindicato dos Docentes das Universidades Federais de Goiás (Adufg) apoia a retomada. “Somos favoráveis no sentido de um retorno gradual, já que falta um mês e meio para o segundo semestre de 2021 ser concluído”, afirma o presidente do sindicato, professor Flávio Alves da Silva. A entidade defende ainda a exigência do passaporte da vacina – já regulamentada pela UFG – e a testagem dos membros da comunidade que apresentam sintomas de Covid-19.

Passaporte da vacina na UFG

No dia 25 de fevereiro, a universidade publicou a portaria que regulamenta e explica como será o controle em relação à vacina dentro do campus. A universidade considera como passaporte da vacina o comprovante de vacinação emitido em papel timbrado, emitido no momento de aplicação da dose, e também o Certificado Nacional de Vacinação Covid-19, do Ministério da Saúde, disponível no aplicativo Conecte SUS.

Estudantes, professores e técnicos administrativos devem enviar o documento por meio do site retomada.ufg.br. “A pessoa insere o documento, preenche o formulário. O controle será feito pelas próprias unidades acadêmicas. Cada uma vai controlar seu público”, explica o pró-reitor. No caso dos trabalhadores terceirizados, que atuam, por exemplo, na segurança e limpeza do campus, a exigência caberá às empresas pelas quais são contratados.

Para a comunidade externa, que vá visitar espaços da UFG, o documento será exigido na entrada. A própria comunidade acadêmica também deverá ser exigido o passaporte em espaços específicos, como restaurantes universitários (RUs), museus e bibliotecas.

Os membros da comunidade acadêmica que não apresentarem o passaporte da vacina com o ciclo vacinal atualizado não poderão frequentar o campus. Segundo o pró-reitor, a universidade não tem números de quantos se vacinaram, mas acredita que a maioria se vacinou.

Normas

“Estamos em uma instituição da Ciência. Esperamos que todas as pessoas que estão aqui se vacinem. A maioria se vacinou, são casos raríssimos os que não se vacinaram. Todo esforço que a universidade poderia ter feito, fez. Campanha de conscientização e a liberação de uma sala na Faculdade Enfermagem para aplicação de doses, são alguns exemplos”, pontua o pró-reitor de graduação.

Ainda segundo Israel Trindade, a portaria publicada pela universidade tem objetivo educativo, nos casos de não-vacinados, mas também prevê responsabilizações. “Não tem caráter punitivo, tem caráter pedagógico. Para além disso, obviamente existem regulamentos da universidade. Se o servidor ou aluno se nega a cumprir uma decisão do Conselho Universitário, está cometendo infração”, pontua.

Não podendo frequentar as aulas, o aluno perderá conteúdo letivo e atividades avaliativas. No caso dos servidores que não apresentarem o documento, a universidade poderá abrir processo administrativo disciplinar.

Flexibilidade

Caso tenha caso de Covid-19 em alguma turma ou espaço universitário, o Grupo de Trabalho (GT) da universidade, criado para tratar de questões relacionadas à segurança no contexto da pandemia, poderá ser acionado. Além disso, as unidades acadêmicas têm comissão interna para fazer o acompanhamento.

“Se um estudante está com sintoma, pode ser atribuído a ele um tratamento excepcional para que ele continue acompanhando o conteúdo. Se tiver um surto dentro da sala e isso invalidar a continuidade do ensino presencialmente há possibilidade de transferir para forma híbrida ou remota”, conclui o pró-reitor.