UFG prepara novos cursos de graduação para 2022

Engenharia de Materiais, na regional de Aparecida de Goiânia; Fisioterapia, em Goiânia e Pedagogia, na regional da Cidade de Goiás. Estes são os novos cursos que a  Universidade Federal de Goiás prepara para lançar a partir do ano que vem. 

A expectativa é de que eles já estejam disponíveis na próxima edição do Sistema de Seleção Unificada (Sisu). A confirmação disto virá no dia 19 de novembro, data prevista para a universidade aderir ao edital do Sisu. Quando incluídos oficialmente, eles seguirão a regra de metade das vagas para ampla concorrência e metade para o sistema de cotas. 

Cortes de verbas 

Os novos cursos são preparados em um contexto de cortes de verbas e dificuldades para manter funcionando universidades federais do país. Segundo o pró-reitor adjunto de graduação da Universidade Federal de Goiás (UFG), Israel Trindade, a decisão foi tomada com cautela.

“A todo momento isso foi ponderado: que a universidade não vive momento favorável, mas todas as unidades relacionadas aos cursos, cientes do cenário, se mobilizaram”, afirma. 

Segundo o pró-reitor adjunto, existe a previsão de abrir algumas vagas para novos professores, mas os docentes que já atuam em outros cursos também vão lecionar nas novas graduações, para que seja possível cumprir a demanda.”

As vagas que devem ser abertas não são suficientes para os cursos funcionarem só com elas. Precisou, além das vagas, do esforço coletivo dos que já são professores na UFG”, explica.

Os cursos  

O curso de Engenharia de Materiais será integral, com 40 vagas, no campus da UFG Regional Aparecida de Goiânia. O profissional desta área trabalha no desenvolvimento e inspeção de materiais da indústria. “Dialoga bem com outros cursos do campus e também, de certa forma, vem atender o polo industrial não apenas de Aparecida, mas de Goiânia também”, afirma o pró-reitor adjunto.

Antes de a Universidade Federal de Jataí deixar de fazer parte da UFG, a Fisioterapia estava inserida na lista de cursos da Federal de Goiás. O novo curso será o segundo da área em uma instituição pública na capital goiana. O outro está na Universidade Estadual de Goiás (UEG). Serão 30 vagas, em período integral.

“É uma demanda regional evidente, que se tornou ainda mais forte com pandemia, porque esse profissional foi muito necessário para ajudar pacientes que ficaram com sequelas”, explica Israel. 

O curso de Pedagogia será noturno, com 40 vagas, na regional da Cidade de Goiás. Para o pró-reitor, é importante ter esta graduação presente no interior do estado. “Contempla também cidades vizinhas. É muito importante porque contribui com o processo de interiorização da universidade”, aponta. 

Vagas remanescentes

A Universidade lança, neste mês, dois editais para ocupar vagas de graduação que não foram preenchidas ou que ficaram disponíveis após a saída de alguns alunos. São mais de 1300 vagas, inclusive no curso de Medicina, historicamente um dos mais requisitados. 

Nesta sexta-feira (11) será lançado o edital para portadores de diploma, que são pessoas que já possuem uma graduação, não sendo obrigatório ter se formado na UFG. Para esta modalidade, a universidade aceita nota do Enem, feito de 2009 em diante. Outra opção é a prova específica para portador de diploma.

No dia 19 de novembro, será lançado outro edital com o mesmo objetivo de ocupar vagas ociosas, mas específico para alunos da UFG que desejam mudar de curso, para estudantes de outras universidades que queiram se transferir para a UFG ou ainda para alunos que caíram no edital de exclusão (por exemplo, situação em que o estudante não renovou vínculo com a universidade). Este edital aceita notas do Enem de 2009 em diante. 

As informações completas serão publicadas no site oficial da universidade: www.ufg.br ou em prograd.urg.br

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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