Engenharia de Materiais, na regional de Aparecida de Goiânia; Fisioterapia, em Goiânia e Pedagogia, na regional da Cidade de Goiás. Estes são os novos cursos que a Universidade Federal de Goiás prepara para lançar a partir do ano que vem.
A expectativa é de que eles já estejam disponíveis na próxima edição do Sistema de Seleção Unificada (Sisu). A confirmação disto virá no dia 19 de novembro, data prevista para a universidade aderir ao edital do Sisu. Quando incluídos oficialmente, eles seguirão a regra de metade das vagas para ampla concorrência e metade para o sistema de cotas.
Cortes de verbas
Os novos cursos são preparados em um contexto de cortes de verbas e dificuldades para manter funcionando universidades federais do país. Segundo o pró-reitor adjunto de graduação da Universidade Federal de Goiás (UFG), Israel Trindade, a decisão foi tomada com cautela.
“A todo momento isso foi ponderado: que a universidade não vive momento favorável, mas todas as unidades relacionadas aos cursos, cientes do cenário, se mobilizaram”, afirma.
Segundo o pró-reitor adjunto, existe a previsão de abrir algumas vagas para novos professores, mas os docentes que já atuam em outros cursos também vão lecionar nas novas graduações, para que seja possível cumprir a demanda.”
As vagas que devem ser abertas não são suficientes para os cursos funcionarem só com elas. Precisou, além das vagas, do esforço coletivo dos que já são professores na UFG”, explica.
Os cursos
O curso de Engenharia de Materiais será integral, com 40 vagas, no campus da UFG Regional Aparecida de Goiânia. O profissional desta área trabalha no desenvolvimento e inspeção de materiais da indústria. “Dialoga bem com outros cursos do campus e também, de certa forma, vem atender o polo industrial não apenas de Aparecida, mas de Goiânia também”, afirma o pró-reitor adjunto.
Antes de a Universidade Federal de Jataí deixar de fazer parte da UFG, a Fisioterapia estava inserida na lista de cursos da Federal de Goiás. O novo curso será o segundo da área em uma instituição pública na capital goiana. O outro está na Universidade Estadual de Goiás (UEG). Serão 30 vagas, em período integral.
“É uma demanda regional evidente, que se tornou ainda mais forte com pandemia, porque esse profissional foi muito necessário para ajudar pacientes que ficaram com sequelas”, explica Israel.
O curso de Pedagogia será noturno, com 40 vagas, na regional da Cidade de Goiás. Para o pró-reitor, é importante ter esta graduação presente no interior do estado. “Contempla também cidades vizinhas. É muito importante porque contribui com o processo de interiorização da universidade”, aponta.
Vagas remanescentes
A Universidade lança, neste mês, dois editais para ocupar vagas de graduação que não foram preenchidas ou que ficaram disponíveis após a saída de alguns alunos. São mais de 1300 vagas, inclusive no curso de Medicina, historicamente um dos mais requisitados.
Nesta sexta-feira (11) será lançado o edital para portadores de diploma, que são pessoas que já possuem uma graduação, não sendo obrigatório ter se formado na UFG. Para esta modalidade, a universidade aceita nota do Enem, feito de 2009 em diante. Outra opção é a prova específica para portador de diploma.
No dia 19 de novembro, será lançado outro edital com o mesmo objetivo de ocupar vagas ociosas, mas específico para alunos da UFG que desejam mudar de curso, para estudantes de outras universidades que queiram se transferir para a UFG ou ainda para alunos que caíram no edital de exclusão (por exemplo, situação em que o estudante não renovou vínculo com a universidade). Este edital aceita notas do Enem de 2009 em diante.
As informações completas serão publicadas no site oficial da universidade: www.ufg.br ou em prograd.urg.br