A Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) denunciou um estudante à Polícia Federal (PF) por utilizar uma suástica durante sua formatura. O aluno, identificado como Vinícius Krug de Souza, compareceu à cerimônia com o símbolo pintado no rosto, alegando se tratar de um símbolo hindu. A ação foi prontamente repudiada pela instituição de ensino, que registrou o ocorrido nas autoridades competentes.
O vice-reitor da UFRGS, Pedro Costa, afirmou que o caso será encaminhado ao Ministério Público e ao Poder Judiciário para que medidas cabíveis sejam tomadas, podendo resultar na punição do estudante caso seja comprovada a culpa. Após ter sido abordado pelos coordenadores de segurança da universidade, Vinícius foi impedido de participar da colação de grau com a suástica no rosto.
Apesar de alegar que a figura era de cunho religioso hindu, o estudante foi orientado a remover a pintura caso contrário seria levado à Polícia Federal para registro da ocorrência. Após apagar a suástica, Vinícius manteve outros símbolos no rosto, desencadeando polêmica nas redes sociais. A União Nacional dos Estudantes (UNE) condenou o ato como inadmissível e absurdo, exigindo uma investigação rigorosa para prevenir casos semelhantes.
A Polícia Civil também instaurou um inquérito para investigar o caso, sob responsabilidade da Delegacia de Polícia de Combate à Intolerância. A apuração teve início após denúncia feita pelo deputado estadual Leonel Radde (PT), evidenciando a gravidade do ocorrido. A UFRGS reafirmou seu compromisso contra o ódio e a intolerância, ressaltando que não tolera manifestações discriminatórias em seu espaço.
A apologia ao nazismo é considerada crime no Brasil, de acordo com a Lei nº 7.716/89, com pena de reclusão de 2 a 5 anos e multa. A legislação proíbe a fabricação, comercialização, distribuição ou divulgação de símbolos, emblemas e propaganda nazistas. Diante disso, a investigação seguirá os trâmites legais para garantir a responsabilização do acusado, reforçando o compromisso com a promoção dos direitos humanos e a luta contra o discurso de ódio.
