A UFSCar (Universidade Federal de São Carlos) aprovou recentemente a criação de cotas destinadas às pessoas trans e travestis que desejam tentar uma vaga em um dos 68 cursos de graduação oferecidos pela instituição. Essa medida visa promover maior inclusão e diversidade no ambiente acadêmico, possibilitando oportunidades iguais para todos os estudantes interessados.
De acordo com a UFSCar, será reservada uma vaga adicional para a seleção desses candidatos, que será realizada por meio do Sisu (Sistema de Seleção Unificada). Para concorrer a essas vagas, os estudantes precisarão participar do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) e ter uma nota compatível com os requisitos estabelecidos.
A nova política de cotas foi aprovada por unanimidade pelo Conselho Universitário (ConsUni) da UFSCar, mas ainda não há informações sobre a data exata em que ela entrará em vigor. Além do campus de São Carlos, as unidades de Sorocaba, Araras e Buri também serão beneficiadas com essa medida, que tem como objetivo garantir a representatividade e inclusão dessas minorias.
A iniciativa para a criação das cotas foi promovida pelo Coletivo de Pessoas Trans e Travestis da UFSCar (GT Cotas Trans), evidenciando o compromisso da universidade com a diversidade e igualdade de oportunidades. Outras instituições de ensino superior, como a Unifesp, Unicamp e UFABC, também já aprovaram a implementação de cotas para pessoas trans, sinalizando uma tendência nacional em busca de maior equidade no acesso à educação.
Essa medida inovadora reforça o papel das universidades públicas na promoção da inclusão social e combate à discriminação, contribuindo para a construção de uma sociedade mais justa e democrática. A aprovação das cotas na UFSCar representa um avanço significativo no reconhecimento dos direitos e da diversidade de gênero, abrindo caminho para que outras instituições adotem práticas similares e promovam um ambiente acadêmico mais acolhedor e inclusivo para todos. No cenário educacional brasileiro, a criação de políticas afirmativas como essa é fundamental para o fortalecimento da democracia e da igualdade de oportunidades.