Um ano após a tragédia de Teófilo Otoni: vestígios e falta de segurança persistem na BR-116

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Um ano após a tragédia que resultou na perda de 39 vidas em Teófilo Otoni, os vestígios da fatalidade ainda permanecem visíveis no local do acidente, lembrando a todos da tragédia que ocorreu no km 285 da BR-116. Fragmentos do quadro que seria dado como presente de Natal por um dos passageiros, além de outros pertences pessoais, ainda podem ser encontrados entre os destroços do ônibus atingido por um bloco de granito.

O cenário de devastação na mata lateral é um reflexo da brutalidade do impacto, com peças do veículo espalhadas e marcas da colisão ainda visíveis. O local da colisão continua cercado por fragmentos de metal e objetos dos passageiros, em contraste com a promessa de melhorias de segurança que, segundo a comunidade local, ainda não foram plenamente cumpridas após a tragédia.

O acidente, que ocorreu em 21 de dezembro de 2024, chocou não apenas as autoridades locais, mas também equipes de resgate que descreveram o cenário como de guerra. O policial rodoviário federal Renato Neto, que esteve presente no local, relembra a cena de corpos carbonizados e decapitados, enquanto o Tenente Alonso Vieira, comandante do Corpo de Bombeiros, expressa o abalo emocional que a ocorrência causou em sua equipe.

A investigação do Ministério Público resultou em uma denúncia por homicídio doloso contra o motorista da carreta e o dono da transportadora, baseada em oito motivos determinantes, como excesso de peso da carga, velocidade, e falhas na segurança veicular. O delegado Amaury Albuquerque, responsável pelas investigações, caracterizou o comportamento dos réus como criminoso diante das evidências reunidas.

Enquanto o processo segue nos tribunais em direção a um Júri Popular, moradores da região convivem com o trauma e a falta de melhorias estruturais na rodovia. Segundo relatos, a insegurança persiste, com o fechamento de passagens laterais que aumentaram o risco para os pedestres e a ausência de radares de controle de velocidade.

Apesar da instalação de um radar de 60 km/h a 500 metros do ponto da colisão, o medo é constante entre os moradores, que aguardam por melhorias efetivas na segurança viária do trecho. Enquanto isso, os vestígios do acidente à beira da pista e o desenrolar do processo judicial continuam como lembranças dolorosas da negligência que marcou aquele fatídico dia em Teófilo Otoni.

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