‘Um demônio vestido de anjo’, diz Marconi sobre Kajuru

“Ele é um malandro que nunca trabalhou na vida, que não tem nada de doido nem de psicopata, é um mau caráter que as pessoas precisam conhecer, eu sintetizaria dizendo o seguinte: é um demônio vestido de anjo”

Após ataques de Jorge Kajuru (PRP), o ex-governador Marconi Perillo (PSDB), candidato ao Senado, reagiu e desabafou nesta terça-feira (18). “Ele é o rei da farsa, o rei da tapeação. Ele não é doido nem psicopata como alguns acham. Ele é o rei da malandragem, o pior mau caráter que eu já conheci na vida, o pior canalha, ele é o cara que mente para ele mesmo e acredita na mentira. Um demônio vestido de anjo”, disse Marconi, em entrevista à rádio Sucesso, quando questionado sobre os ataques de Kajuru ao seu trabalho.

“É aquele tipo de gente do faz o que eu mando, mas não faça o que eu faço. Ele deu uma entrevista dizendo o seguinte: ‘No dia em que eu for candidato, não acredite mais em mim, porque eu vou ser ladrão, eu vou roubar da população'”, observou o ex-governador. “Ele é um malandro que nunca trabalhou na vida, que não tem nada de doido nem de psicopata, é um mau caráter que as pessoas precisam conhecer, eu sintetizaria dizendo o seguinte: é um demônio vestido de anjo”, afirmou.

Na entrevista, o tucano apresentou suas plataforma de trabalho para o Senado. Afirmou que vai apresentar, entre outros projetos, proposta de redução da estrutura administrativa dos três poderes da República: diminuição do número de cadeiras do Senado e da Câmara dos Deputados em um terço e do número de ministérios. Também defendeu a redução da estrutura do Judiciário. Marconi disse ainda que vai propor vinculação de ao menos 5% do Orçamento Geral da União para a Segurança Pública. “Os Estados arcam sozinhos com essas despesas hoje, apesar de a União ficar com 72% das receitas e as unidades federadas e os municípios terem de dividir dos 28% restantes. É muito desigual”, disse.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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