Um em cada cinco brasileiros elege “Esperança” como a palavra do ano de 2022

palavra

O ano de 2022 foi marcado pela palavra “Esperança” para um em cada cinco brasileiros. Empatados na segunda colocação ficaram “decepção” e “dificuldade”. Os entrevistados tinham oito opções, incluindo confusão, superação, polarização, democracia, alívio, divisão, Amazônia e complexidade. A pesquisa feita pela consultoria Cause e do Instituto de Pesquisa Ideia.

“A vitória da palavra ‘esperança’ aconteceu de maneira apertada, e isso ajuda a explicar a visão do brasileiro em relação ao ano que se encerra. A segunda colocada, ‘decepção’, termina de compor a foto desse período polarizado da história do Brasil. É incontestável: a divisão política chegou até na escolha da Palavra do Ano”, esclarece o sócio da consultoria Cause, Leandro Machado.

A preferência dos entrevistados pode estar relacionada à realização das eleições. Além disso, a polarização entre os eleitores dos candidatos à presidente da República e a rejeição de 49% de Bolsonaro a poucos dias do segundo turno devem ter influenciado na escolha dos brasileiros.

A pesquisa ouviu 1,2 mil entrevistados por telefone entre 04 e 09 de novembro em todas as cinco regiões brasileiras. Os resultados podem ter erro de até três pontos percentuais para cima ou para baixo. No ano passado, a palavra do ano era “vacina”, em 2020 foi “luto”, em 2019 a eleita foi “dificuldades” e, em 2018, a escolha foi “mudança”.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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