O cenário epidemiológico para a varíola dos macacos é de estabilização em Goiás, mas os casos da doenças chegam a 25% das infecções suspeitas. A estatística foi constatada após o início das realização dos exames pelo Laboratório Central de Goiás (Lacen-GO) em 11 de setembro. Em pouco menos de um mês, o local avaliou 562 amostras. Desse total, 140 confirmaram a monkeypox, 400 tiveram laudo negativo e 22 ficaram inconclusivas.
“Esse índice é menor que o esperado. Chegamos a ter registros de 70% de casos positivos. Não podemos falar em estimativa de queda, mas em tendência. Acreditamos que é de estabilização e que pode baixar”, esclarece a superintendente de Vigilância em Saúde de Goiás, Flúvia Amorim.
O laboratório realiza os testes por demanda, sem limite por dia. É feito por meio da coleta de amostra das lesões na pele característica da doença. De acordo com Flúvia, o aparecimento das feridas não tem um padrão, mas costumam surgir em até três dias seguido de febre.
O resultado do exame é liberado em até 72 horas. Antes as amostras eram enviadas para Brasília, o diagnóstico ficava pronto em sete dias. Em casos suspeitos e positivos, a orientação é que o paciente permaneça em casa isolado.
O primeiro grande surto com circulação sustentada do vírus que causa a varíola dos macacos foi registrado pela primeira vez em Goiás em 18 de agosto. Conforme o boletim da Secretaria Estadual de Saúde (SES-GO) desta terça-feira, 04, há 493 casos confirmados de varíola dos macacos, sendo a maioria (96,6%) de homens.
A principal forma de proteção é evitar contato direto com pessoas contaminadas pelo contato pele/pele, pessoal, ou obviamente através do contato com objetos pessoais de um paciente que está infectado com a varíola dos macacos. A doença é causada por um vírus que causa sintomas com duração entre duas e quatro semanas.