Uma a cada três pessoas testadas tem resultado positivo para a Covid-19, em Aparecida

A Prefeitura de Aparecida de Goiânia divulgou que, na última semana, um a cada três testes realizados  no município teve resultado positivo para a Covid-19. A cidade já realizou mais de 200 mil exames do tipo RT-PCR desde o início da pandemia. A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) informou que no início do mês, a média de positividade estava na casa dos 20%.

“Observamos aumento na procura dos testes. Isso indica que mais pessoas estão com sintomas e com suspeita de contaminação pelo Sars-Cov-2. Na primeira semana de fevereiro, Aparecida realizou 4.365 testes RT-PCR. Nos últimos sete dias, já foram realizados 7.284. Um aumento de mais de 60% que por si só já nos preocupa”, afirma o secretário Municipal de Saúde, Alessandro Magalhães. 

O secretário complementa: “Quando partimos para a análise do índice de positividade, também observamos um aumento. Na primeira semana do mês, 22% dos testes realizados apresentaram resultado positivo para a Covid-19. Nos últimos sete dias, o índice ficou em 31%, chegando a 36% na última segunda-feira.”

Conforme o superintendente de Atenção à Saúde, Gustavo Assunção, os números são um  alerta à população: “a pandemia não acabou. As pessoas estão baixando a guarda, fazendo aglomerações e se descuidando. Essas atitudes refletem diretamente na sobrecarga das unidades de Saúde de Aparecida”. 

Em relação a alta demanda por leitos, o superintendente de Regulação, Avaliação e Controle da Secretaria, Luciano de Moura, aponta: “Hoje, nosso índice de ocupação dos leitos de UTI na rede pública exclusivos para a Covid-19 é 79%. Taxa preocupante”.

A superintendente de Vigilância em Saúde, Daniela Ribeiro, explica que devido a Campanha de Vacinação contra a Covid-19 ter sido iniciada, muitos pacientes acreditam que a pandemia já foi controlada. “O início da imunização nos grupos prioritários definidos pelo Ministério da Saúde não põe fim à pandemia. Precisamos aprender a conviver com o Coronavírus da forma mais segura possível para o momento. Todos devem agir de maneira responsável mantendo o distanciamento social, o uso de máscaras, a higienização das mãos e a ventilação de ambientes internos, independentemente da pessoa ter sido vacinada ou não”.

Reforçando que caso a  taxa de ocupação de leitos destinado a Covid-19 fique acima de 70% por três dias consecutivos, o Comitê de Prevenção e Enfrentamento ao novo Coronavírus pode decretar medidas mais restritivas para conter o avanço do vírus. 

Foto: Wigor Vieira

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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