Última atualização 01/03/2017 | 17:00
Uma pesquisa da Pós Graduação de Administração da Universidade Federal avaliou que o turismo comercial do estado de Goiás ainda é pouco explorado. Segundo o estudo, as cidades de Goiânia, Aparecida de Goiânia, Anápolis e Trindade que representam 45% de toda a renda produzida no estado esbarram na burocracia e na falta de investimentos para fomentar o setor.
O orientando da pesquisa, Rassan Solarevisky disse que falta planejamento contínuo em relação ao Turismo Comercial. “Não há um planejamento contínuo. Os governantes mudam e junto com eles os planejamentos. Quando chega um novo governante, a visão é modificada e outro projeto é desenvolvido.”
A pesquisa apontou também a ausência de secretarias municipais estruturadas como fator importante para o comprometimento do turismo na região. Para Rassan falta uma divulgação maior sobre o turismo comercial no estado. “O marketing é muito frágil. O Ministério do Turismo fez uma pesquisa em 2012 e constatou Goiânia tem um alto grau deficitário de marketing e propaganda.”
Ele também falou sobre os lucros gerados pelo turismo de negócio. “É altamente rentável. No exterior se explora muito isso. O turismo de negócio geralmente deixa mais de 300 reais por pessoa na cidade”.
Segundo Rassan, a falta de conscientização das pessoas é um problema que também deve ser resolvido. “As pessoas vêem o turismo como um gasto, mas a cada dólar investido em turismo seis retornam ao investidor. O turismo é um investimento e gera empregos. Para o estado vai gerar renda através dos tributos. Não existe essa conscientização do turismo como renda.”