Após o Carnaval, Goiás registra aumento de casos e óbitos de covid

Uma semana após as comemorações do Carnaval, as estatísticas apontam aumento de casos e óbitos por covid em Goiás. Dados do boletim epidemiológico da Secretaria de Estadual de Saúde (SES-GO) indicam que 5.164 pessoas positivaram para a doença e 21 óbitos foram registrados. O levantamento apresentado pela pasta considera o período de festa incluindo a quarta-feira de cinzas, 22 de fevereiro. Ao todo, o número de casos saltou para 1.897.065 e 28.032 mortes ao todo.

No que diz respeito aos casos de internações, 2.476 estão hospitalizados, sendo 584 em leitos de Unidade de Tratamento Intensivo (UTI), conforme o documento divulgado nesta quarta-feira, 1º. A SES-GO apurou ainda que, referente à primeira dose, foram aplicadas 5.935.327 doses das vacinas contra a Covid-19 em todo o Estado. Em relação à segunda dose e a dose única, foram vacinadas 5.356.442 pessoas, e 2.820.625 goianos já receberam a dose de reforço. Entre as crianças de 5 a 11 anos, 63.58% já receberam uma dose da vacina.

O estudo da Dasa, rede de saúde privada que atua em todo o Brasil, apontou que os índices de positividade para Covid-19, na média nacional, chegaram a 23,85%, na semana de 17 a 23 de fevereiro, que incluiu o carnaval, com aumento de 20,2% em comparação com a semana anterior aos festejos, de 10 a 16 de fevereiro. Foram pesquisadas mais de mil unidades da rede em todo o País.

Vacina bivalente

Uma nova etapa da campanha de vacinação contra a covid no Brasil começou na última segunda-feira, 27. Desta vez, o reforço que será aplicado é a vacina bivalente da Pfizer, que protege contra a cepa original do coronavírus e as subvariantes ômicron.  O Ministério da Saúde dividiu os grupos prioritários em cinco fases (veja abaixo) e informou que a vacinação será escalonada em etapas, conforme o envio das doses aos estados e o recebimento de novas doses pela Pfizer.

Casos de covid

Antes do carnaval: 1.891.901 casos

Após o carnaval: 1.897.065  (+5.164 )

Número de óbitos

Antes do carnaval: 28.011

Após o carnaval: 28.032 (+21 )

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Câncer de mama em homens: doença causa cerca de 230 mortes anuais no Brasil

Embora mais associado às mulheres, o câncer de mama também afeta homens, correspondendo a cerca de 1% dos casos diagnosticados. Segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca), são registrados aproximadamente 750 novos casos masculinos por ano no Brasil, resultando em uma média de 230 mortes anuais, de acordo com dados do DataSUS.

A falta de informação e o diagnóstico tardio são os principais fatores que dificultam o tratamento e reduzem as chances de cura. O cirurgião oncológico e mastologista Juliano Rodrigue da Cunha, da Sociedade Brasileira de Cirurgia Oncológica, destaca que os homens tendem a negligenciar os cuidados com a saúde, o que contribui para diagnósticos em estágios avançados e tratamentos mais complexos.

Sinais de alerta
Diferentemente das mulheres, os homens não têm diretrizes de rastreamento para câncer de mama, tornando essencial a atenção aos sinais da doença. Entre os principais sintomas estão:

  • Nódulo na mama;
  • Secreção pelo mamilo;
  • Alteração no formato da mama;
  • Retração ou alteração no mamilo;
  • Mudanças na pele da região;
  • Nódulos na axila.

Segundo especialistas, a estrutura hipodesenvolvida da mama masculina pode facilitar a detecção de alterações. Assim, ao perceber qualquer sintoma, é fundamental procurar um médico imediatamente.

Fatores de risco
As causas do câncer de mama em homens ainda não são completamente compreendidas, mas alguns fatores aumentam o risco, como envelhecimento, histórico familiar de câncer, mutações nos genes BRCA1 e BRCA2, obesidade, consumo de álcool e a presença de condições genéticas como a síndrome de Klinefelter. A doença é mais comum após os 60 anos, embora possa ocorrer em qualquer idade.

Tratamento e sobrevida
O diagnóstico é confirmado por mamografia e biópsia, com tratamento semelhante ao das mulheres, envolvendo cirurgia, radioterapia e terapias sistêmicas. Um estudo publicado na revista Clinical Oncology analisou dados de cerca de mil homens diagnosticados em São Paulo entre 2000 e 2020, revelando que a radioterapia após cirurgia aumenta a sobrevida em casos de estadiamento 2 e 3, quando a doença ainda está localizada na mama ou linfonodos próximos. Por outro lado, a quimioterapia não demonstrou impacto significativo na probabilidade de sobrevivência.

Para o radio-oncologista Gustavo Nader Marta, presidente da Sociedade Brasileira de Radioterapia, o diagnóstico precoce continua sendo um dos maiores aliados para o sucesso do tratamento. “Quanto mais avançada a doença, maior o risco de morte. Reconhecer os sintomas e agir rapidamente pode salvar vidas”, reforça Marta.

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