O período de seca chegou ao nível crítico. A umidade do ar deve ficar ainda mais baixa neste fim de semana e chegar a 16% na capital, segundo boletim do Centro de Informações Meteorológicas e Hidrológicas de Goiás (Cimehgo). Uma massa de ar seco permanece sobre o estado, o que impede a chegada de chuvas. Elas devem voltar a ocorrer somente em meados do próximo mês. A estiagem, comum para o período, teve início em maio.
A previsão de variação de temperatura será significativa. Em Goiânia, os termômetros devem marcar 17ºC de mínima e 32ºC de máxima. Somado ao tempo seco, as condições do tempo no estado favorecem a propagação de queimadas que causam danos econômicos, ambientais e sociais.
O Corpo de Bombeiros está monitorando a região da Chapada dos Veadeiros para evitar desastres como o de setembro do ano passado, quando parte da vegetação e da fauna foram destruídas pelas chamas que castigaram a região durante dias.
A explicação para a intensidade da secura no estado envolve aspectos climáticos já esperados e as mudanças ocasionadas pelo aquecimento global. Segundo o professor do Instituto de Estudos Sócio Ambientais (IESA) da Universidade Federal de Goiás (UFG), João Batista de Deus, o desmatamento da Amazônia impacta diretamente a frequência de chuvas em solo.
Menos árvores na floresta representam menos umidade em direção ao estado que, aliada à pouco vapor d’água vindo do mar e esbarrando na barreira natural da cordilheira dos Andes, tornam a estiagem mais rigorosa.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) estabelece esse patamar quando o índice fica entre 12 e 20% e abaixo dele estado de emergência. A redução de vapor d’água na atmosfera exige mais cuidados com a saúde, como evitar exercícios físicos e trabalhos ao ar livre entre 10 e 16 horas e utilização de soro fisiológico para olhos e narinas.
Confira as temperaturas para algumas cidades goianas:
Fonte: Cimehgo