Umuarama, PR: Um ambiente favorável para investimentos e desenvolvimento econômico

Ambiente favorável e incentivos a investimentos projetam Umuarama no PR

Cidade tem Zona de Processamento de Exportações e Parque Tecnológico em fase de
implantação, lidera na geração de empregos e incentiva o desenvolvimento atraindo empresas.

Com pouco mais de 120 mil habitantes, infraestrutura consolidada e um mercado regional com quase 500 mil consumidores, Umuarama é a cidade que mais se destaca no Noroeste do Paraná na atração de investimentos. A administração municipal está implantando mais um parque industrial (o quinto) para abrigar novas indústrias e permitir a expansão de empresas já instaladas, nas imediações do entroncamento das rodovias estaduais PR-323 (duplicada em todo o trecho urbano) e PR-468, que liga a região às cidades de Mariluz e Goioerê.

O orçamento da Prefeitura para o próximo ano bateu a casa de R$ 1 bilhão. A Lei Orçamentária para 2025 mostra uma evolução sem precedentes na estimativa de receitas e despesas do município, que triplicou bos últimos oito anos. Em 2017 o município tinha um orçamento de R$ 344 milhões. De lá para cá o valor cresceu quase 200%, enquanto a inflação nacional acumulou alta de 36%.

Um fator determinante para esse desempenho foi a abertura de empresas, graças ao cenário regional e a projetos locais que fortalecem a economia. São exemplos o Programa Municipal do Primeiro Emprego (Promupe), que concede incentivos para a contratação de adolescentes e jovens, e o Programa de Desenvolvimento de Umuarama (Prodeu), pelo qual a Secretaria de Indústria, Comércio e Inovação do município realiza concessão de direito real de uso de imóveis públicos para empresas que querem se instalar na cidade ou ampliar seus negócios.

Mais de 530.000 m² disponíveis para novas indústrias, com diferentes parques industriais como o Pq Industrial Serra dos Dourados, Pq industrial de Lovat, Pq Industrial (saída para Mariluz), Pq Industrial Estrada Vermelha e Pq Industrial Grevilhas estão disponíveis para impulsionar o crescimento econômico da região.

A Prefeitura também atua em parceria com o governo do Estado para a criação do Parque Tecnológico Technopark Umuarama. O município tem, em processo de instalação, um Hub de Inovação voltado à criação e instalação de incubadoras empresariais, que vão ‘gestar’ novas empresas no ramo de tecnologia e prepará-las para caminhar por conta própria, informa a Secretaria de Indústria, Comércio e Inovação.

De acordo com a Divisão de Indústria e Comércio, o sucesso também se deve ao trabalho intenso da Casa do Empreendedor, uma estrutura voltada à orientação, qualificação, acesso aos processos legais e ao crédito (financiamento) para microempreendedores individuais, micro e pequenas empresas. Neste ano, o serviço foi premiado com o Selo Ouro de Referência em Atendimento 2023, concedido pelo Serviço Brasileiro de Apoio à Micro e Pequena Empresa (Sebrae).

Além disso, projetos de lei tramitam junto à Câmara de Vereadores para favorecer a abertura de novas empresas e melhorar as condições de sucesso na fase inicial de atividade, que é o período mais crítico para a sobrevivência dos empreendimentos. Uma das iniciativas cria o Fundo de Aporte Garantidor, para reduzir juros e garantir financiamentos a MEI e microempreendedores, e a outra é a Lei de Ambientes Promotores de Desenvolvimento, que define atribuições para o município e de empresas que poderão ser incluídas em incubadoras industriais e tecnológicas.

Atualmente o município realiza pré-qualificação para avaliar e qualificar licitantes interessados em participar de leilões de alienação de imóveis definidos no Plano Municipal de Desenvolvimento Econômico (PMDE), instituído pela Lei Municipal nº 4.706/2023. O procedimento é anterior à licitação e destina-se a identificar interessados que reúnam condições de qualificação para participar de futuras licitações do plano, que serão restritas aos pré-qualificados.

Com tantos atrativos, Umuarama se coloca como o ‘carro-chefe’ do extremo Noroeste do Paraná, o maior centro econômico e empresarial de uma região com mais de 50 municípios servido por boas rodovias, um aeroporto regional certificado com voos comerciais, cursos de graduação e pós-graduação nas mais diversas áreas, planejamento delineado para o desenvolvimento até 2050 (Masterplan) e uma política de incentivos e apoio aos empreendedores e investidores.

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União deve indenizar viúva de Jango em R$ 500 mil por perseguição na Ditadura Militar, decide TRF-4

União deve indenizar viúva de Jango em R$ 500 mil por exílio e perseguição durante Ditadura Militar, determina TRF-4

Em janeiro, a 4ª Vara Federal de Porto Alegre havia definido a indenização em R$ 79,2 mil. EX-primeira-dama pleiteava que a reparação fosse elevada para R$ 1 milhão, e União pedia prescrição e busca redução do valor.

Maria Thereza Goulart e João Goulart em comício da Central do Brasil, em 1964 — Foto: Arquivo Nacional

A 3ª Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) aumentou para R$ 500 mil a indenização que a União deverá pagar a Maria Thereza Goulart, viúva do ex-presidente João Goulart, o Jango. Os valores são decorrentes de reparação por danos morais pela perseguição política sofrida durante a Ditadura Militar (1964-1985).

A decisão é de 26 de novembro, e foi tornada pública na terça-feira (17). Em janeiro, a 4ª Vara Federal de Porto Alegre havia definido a indenização em R$ 79,2 mil. Tanto a defesa de Maria Thereza Goulart quanto a Advocacia-Geral da União (AGU) recorreram.

A ex-primeira-dama pleiteava que a reparação fosse elevada para R$ 1 milhão, baseado no período de 16 anos de perseguição política. A União, por sua vez, pedia a prescrição e busca redução do valor, pois considerava “excessivo e desproporcional”.

Ex-entrou em contato com a Advocacia-Geral da União (AGU), mas não teve retorno até a mais recente atualização desta reportagem.

O relator, o desembargador federal Cândido Alfredo Silva Leal Junior, sustentou que os precedentes da 3ª Turma têm, em regra, o valor de R$ 100 mil como parâmetro para reparação indenizatória para danos morais sofridos por anistiados políticos. Porém, ele avaliou como “insuficiente, diante da situação comprovada nos autos”.

“Ela sofreu também como mulher, sofreu como mãe, sendo exposta na frente dos filhos. Sofreu como esposa, porque estava sendo presa e conduzida porque era esposa de um Presidente da República”, pontuou Cândido.

A viúva de Jango relatou que teve bens e ativos saqueados após ter deixado Brasília durante o golpe de Estado, incluindo o rebanho da família, que ficava em fazendas brasileiras. O exílio também passou por dois países: Uruguai e Argentina, onde Jango faleceu em 1976.

O período no exílio também envolveu o envio dos filhos do casal para a Inglaterra durante a descoberta de um suposto plano para sequestrá-los, nos anos 1970, de acordo com relatos de Maria Thereza.

Jango foi empresário agropecuário, deputado federal, ministro do Trabalho, vice-presidente eleito por dois mandatos e, por fim, presidente da República após a renúncia de Jânio Quadros em 1961.

Assista abaixo a vídeo feito pelo RBS Notícias em 2014, quando o Brasil lembrava os 50 anos do golpe militar que depôs Jango.

Há 50 anos, Jango optava pelo exílio e ditadura era implantada no Brasil.

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