UnB adotará Sisu em 2026 para reduzir evasão e preencher vagas

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Seis anos depois, UnB vai voltar a adotar o Sisu como forma de ingresso na universidade

A Universidade de Brasília (UnB) vai voltar a usar o Sistema de Seleção Unificada (Sisu) do Ministério da Educação para distribuir vagas no ensino superior a partir de 2026. A decisão foi aprovada por unanimidade na última semana pelo Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão da UnB e divulgada nesta terça-feira (18).

Segundo a UnB, a volta ao Sisu tem o objetivo de “reduzir vagas ociosas e combater a evasão, por meio de incremento nas ações de permanência”. A UnB tinha deixado o sistema do Sisu em 2019. Na época, a reitoria apontou uma “incompatibilidade” entre o calendário da universidade e as datas do MEC.

Desde então, a UnB seguiu usando as notas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) como critério – mas, em vez de distribuir as vagas no Sisu, publicava um edital próprio, com datas e procedimentos específicos. Pela nova decisão, o Sisu voltará a ser uma modalidade de ingresso primário especial para os cursos de graduação.

A decisão se baseou em um relatório técnico da Comissão de Avaliação e Acompanhamento dos Ingressos na Graduação. Segundo o documento, a taxa de matrícula caiu desde a saída do Sisu, em 2019 – movimento agravado pela pandemia, e o número de estudantes que abandonam o curso subiu, principalmente nas licenciaturas.

O decano de Graduação da UnB, Tiago Coelho, afirma que esses números seguem uma tendência nacional e internacional de estagnação nas matrículas do ensino superior. “O objetivo é reduzir vagas ociosas e ampliar oportunidades para estudantes, especialmente em cursos com baixa adesão”, afirmou Coelho em material divulgado pela universidade.

Hoje, 2 em cada 10 vagas na UnB estão ociosas. Com a adesão ao Sisu, a UnB também vai permitir que os estudantes que entrem em cursos de licenciatura acessem o Pé-de-Meia Licenciaturas. A intenção da UnB é de que a volta ao Sisu aconteça já em 2026. Segundo a reitoria, no entanto, a implementação “será gradual e dependerá da adesão voluntária das unidades acadêmicas”.

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