Unidade do Hospital Materno Infantil é isolada após morte de recém-nascidos por superbactéria

A Unidade de Cuidados Intermediários Neonatal (Ucin) do Hospital Materno Infantil (HMI) está isolada após dois bebês morrerem infectados pela superbactéria Klebsiella pneumoniae Carbapenemase (KPC). A unidade foi isolada desde a última sexta-feira (17) e não pode receber novos pacientes. Há ainda quatro recém-nascidos com suspeitas de infecção, dois estavam na Ucin e outros dois na UTI Neonatal.

As informações foram repassadas pela direção do Hospital por meio de nota encaminhada ao portal de notícias G1. Ainda segundo a nota, os dois recém-nascidos mortos estavam internados na Ucin.

Em entrevista à TV Anhanguera, a diretora técnica do HMI, Sara Gardênio, afirmou que a contaminação pela bactéria foi causada pela super lotação na unidade de saúde. Segundo ela, o excesso de pacientes ocorre desde o carnaval, quando chegaram a estar internados 35 recém-nascidos, enquanto o local só tem capacidade para 22.

De acordo com Gardênio, os bebês internados na Ucin estão sob isolamento de contato, em uso de incubadora, com equipe específica para poder tomar conta e redução de visitas.

A situação é monitorada pela Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH) do HMI pela vigilância Sanitária. A previsão é que a unidade continue isolada até a próxima quarta-feira (22).

Transmitida em ambiente hospitalar, a KPC pode causar infecções sanguíneas, urinárias e generalizada, além de pneumonia. Os sintomas são febre, dor no corpo e dor na bexiga.

*Com informações do G1

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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