Universitária relata momento de terror em balão que caiu: ‘Pedido de casamento vira pesadelo’

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‘Momento de terror’, diz universitária do Rio que estava em balão que caiu em SP
minutos depois de ser pedida em casamento

Universitária contou que o noivo queria fazer uma surpresa e por isso eles viajaram no sábado à noite (14), por 7 horas, até Boituva (SP).

Casal carioca que estava em balão que caiu em SP fez passeio para pedido de casamento [https://s01.video.glbimg.com/x240/13684372.jpg]

O que era para ser um pedido de casamento surpresa e um dia de muita felicidade durante um voo de balão, neste domingo (15), em Capela do Alto (SP), terminou em pesadelo para um casal de Marechal Hermes, Zona Norte do Rio. A universitária Gabrielle Rosa do Nascimento, de 27 anos, e o engenheiro Tiago Ribeiro Kempinas, de 37, estavam entre as 35 pessoas a bordo do balão que caiu [https://de.globo.com/sp/sorocaba-jundiai/noticia/2025/06/15/balao-cai-em-area-rural-no-interior-de-sp.ghtml].

Ao de, Gabrielle contou que o noivo queria fazer uma surpresa e, por isso, eles viajaram na noite de sábado (14), por sete horas, até Boituva (SP).

> “Eu não desconfiei que o meu marido iria me pedir em casamento daquele jeito. Foi lindo, até virar um pesadelo. Foi uma coisa horrível. Nunca mais vou entrar em um balão, e muito menos em um avião”.

No domingo, pouco antes das 5h, o casal foi até uma empresa que faz voos panorâmicos na cidade. No local, a universitária lembra que chegou a questionar se haveria o passeio, já que, segundo ela, ventava muito.

1 de 1 Gabrielle Rosa do Nascimento e Tiago Ribeiro estavam em balão no interior de São Paulo — Foto: Reprodução

Gabrielle Rosa do Nascimento e Tiago Ribeiro estavam em balão no interior de São Paulo — Foto: Reprodução

“Como ventava muito em Boituva, eu perguntei a uma mulher, que acredito ser a recepcionista da empresa, se voaríamos. Ela disse que sim. Embarcamos para um local que, depois, descobrimos ser clandestino, onde dois balões estavam sendo inflados”, diz a jovem.

Por ter medo de altura, Gabrielle disse que perguntou ao piloto sobre a necessidade de ter um copiloto. “Ele disse que nós éramos os copilotos. Novamente, perguntei sobre o vento, e o piloto disse que estava acompanhando a situação por um equipamento da aeronáutica e que até as 9h dava para voar tranquilo”, relatou.

PESADELO COMEÇOU 25 MINUTOS APÓS DECOLAGEM

Logo em seguida, segundo a universitária, eles levantaram voo e estavam entre 100 e 150 metros de altura. Ela relatou que foi pedida em casamento durante o passeio, assim como outros dois casais. Pouco mais de 25 minutos após a decolagem, o pesadelo começou.

“Um segundo balão que estava ao nosso lado desceu por conta do vento. Ele ainda falou no rádio que iria estender a viagem. Nesse momento, o balão começou a ir rápido demais. Ele então, tentou fazer a primeira aterrissagem em um laranjal. Nessa, 4 pessoas foram arremessadas e outras se machucaram. O balão foi arrastando pelo chão e batendo. Em seguida, novamente ele levanta voo”, relata Gabrielle Rosa.

A universitária contou que, a partir desse momento, os passageiros começaram a entrar em pânico, e Juliana Alves Prado Pereira, a mulher de 27 anos que morreu na queda, já estava muito machucada. Juliana e o marido, Leandro de Aquino Pereira, estavam na cidade para comemorar o Dia dos Namorados. Ela era psicóloga e natural de Pouso Alegre (MG).

“Todo mundo gritava. A moça que, infelizmente, morreu estava muito machucada. Aparentemente, ela estava com o nariz quebrado, sangrava e o queixo estava aberto. Ela já estava desfalecida e com o casaco rasgado. Ela gemia de dor e o marido dela tentando mantê-la viva. Nessa altura, o piloto também estava ferido. Ficamos sobrevoando por mais 15 minutos até ele avistou um campo, onde caímos e fomos arrastados”, lembra a jovem.

Ela contou que, assim que o balão pousou pela segunda vez, ela e muitos passageiros pularam da cesta. Gabrielle e o noivo, assim como várias outras pessoas, ficaram feridos. Nesta segunda-feira (16), a universitária desabafou: “O que deveria ser um dia feliz, de noivado, se tornou um pesadelo para a vida”.

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