Urgente: nova denúncia contra vereadora de Goiânia, Luciula do Recanto

O Diário do Estado teve acesso a mais um relato de indignação contra o Recanto dos Anjos Peludos, administrado pela vereadora eleita por Goiânia, Luciula do Recanto (PSD). Desta vez, Alline Nunes da Silva procura o paradeiro de sua cachorrinha Lolly, ganhada como um presente a seus dois filhos, portadores de autismo.

“Tudo começou no dia 9 de fevereiro. Eu sempre tive o hábito de colocar o lixo para fora e a Lolly sempre me acompanhou. Mas, desta vez, ela viu um gato e saiu em disparada, eu não consegui alcançá-la e nem meu esposo conseguiu encontrar depois, de carro”, começa contando.

“No dia 20 ela foi resgatada por uma mulher no setor aeroporto, Helen Moura Jordão. Ela levou a Lolly no pet shop, e como não tinha condições de ficar com ela em casa, a Helen levou a cachorrinha para o Recanto, que é a instituição que pertence à vereadora Luciula, no dia 21. Lá, ela deixou um pouco de ração, o remédio para uma ferida no peito e depois fez um transferência de dinheiro”, relata Alline.

“No dia 22, ela me localizou no Instagram, e a partir do momento que ela me deu informação de que a Lolly estava no Recanto, fui até lá: eu, meu marido, minha irmã e meus dois filhos, que são portadores de autismo. Eu mostrei a foto e os funcionários me disseram que ela foi adotada no mesmo dia que chegou”, ela lembra.

Não fiquei conformada“, revela a dona do animal. “Achei um absurdo. Como assim chegou ontem e já adotou? Então, comecei a pedir a Helen que também ligasse para a Luciula, até porque a mim ela não atendia. Mas com a Helen acabou sendo do mesmo jeito”.

Até que, em uma das tentativas, a vereadora atendeu o telefonema, e Hellen, que havia deixado a cachorrinha no abrigo, cobrou sobre o animal. “De imediato”, conta Alline, “a Luciula criou uma publicação informando que haviam arrombado a instituição na noite do sábado, dia 20, só que a minha cachorra havia sido deixada lá dia 21, e eu já comecei a ficar muito desconfiada, diante de relatos de outras denúncias”, conta. Veja:

“Liguei, implorei e até chorei para ela me devolver a Lolly. Mas a Luciula não me falou nada… sempre enrolando, dando desculpa, chorando. E quando era a Helen que pedia algum tipo de informação, ela sempre se dramatizava, se vitimizava, falando que estava com depressão, mas nunca explicava nada. Hoje (01), já faz uma semana que a Lolly sumiu”, conta a dona do animal, que resolveu tomar uma atitude diante do ocorrido.

“Eu fui à Polícia Civil de furtos e roubos da Cidade Jardim, perto do IML, e registrei um Boletim de Ocorrência. Então, a Luciula colocou um advogado para entrar em contato com a minha advogada e dizer que iria tomar medidas enérgicas contra mim”, relata a denunciante. “Se ela me processar, estou ferrada, porque até minha advogada está me ajudando de graça e eu não tenho condições”.

“Eu não sei se ela deu, se vendeu… só sei que não há nenhum dado de adotante da Lolly, não me foi apresentado. Depois que eu expus o caso na internet, ela apareceu e fez uns vídeos, mostrando funcionários pregando papéis com o rosto da Lolly em alguns locais. Já contrariando a primeira versão: primeiro que, no dia do arrombamento do lar, a cachorra não estava lá. Depois ela começou a pregar estes cartazes”.

O Diário do Estado também entrou em contato com Helen Moura Jordão, que confirmou a história contada por Alline. “Fiquei muito indignada. Pensei que a cachorrinha estava em boas mãos no abrigo. Não faço ideia do que pode ter acontecido, mas estou rezando para a Lolly ser encontrada e levada para casa”. Helen ainda disse que deseja o fim desta situação: “Espero que esta matéria contribua para acabar com o possível sumiço de animais naquele lugar“.

Sobre a transferência em dinheiro, Helen contou que tanto ela quanto sua mãe fizeram, totalizando R$ 150,00, mas que não informou Luciula sobre os valores e que nunca conversaram sobre quantias, apesar da vereadora ter pedido ajuda financeira para cuidar do animal. Helen também observou que mandou mensagem para a dona do Recando dizendo que não sabia se a cadelinha estava abandonada ou se era de alguém, e que estava tentando encontrar o dono, como de fato aconteceu, quando localizou Alline.

Por fim, Alline conta como se sente diante do sumiço de sua cadela: “então, eu não sei no que acreditar, tem muita história mau contada aí. Eles ficam matando a gente na unha, fazendo de conta que nada está acontecendo. Eu fui bater de frente nas redes sociais, e registrei reclamação, mas ela (Luciula) excluiu, na página dela do Instagram“, revela.

No fim das contas, este é o único desejo da denunciante: “Só quero que ela me devolva a Lolly, porque ela é minha!“.

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

Policial Militar é indiciado por homicídio doloso após atirar em estudante de medicina

A Secretaria da Segurança Pública (SSP) confirmou que as câmeras corporais registraram a ocorrência. O autor do disparo e o segundo policial militar que participou da abordagem prestaram depoimento e permanecerão afastados das atividades operacionais até a conclusão das apurações. A investigação abrange toda a conduta dos agentes envolvidos, e as imagens das câmeras corporais serão anexadas aos inquéritos conduzidos pela Corregedoria da Polícia Militar e pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).
 
O governador Tarcísio de Freitas, de São Paulo, lamentou a morte de Marco Aurélio por meio de rede social. “Essa não é a conduta que a polícia do Estado de São Paulo deve ter com nenhum cidadão, sob nenhuma circunstância. A Polícia Militar é uma instituição de quase 200 anos, e a polícia mais preparada do país, e está nas ruas para proteger. Abusos nunca vão ser tolerados e serão severamente punidos,” disse o governador.
 
O ouvidor da Polícia do Estado de São Paulo, Claudio Silva, avalia que há um retrocesso em todas as áreas da segurança pública no estado. Segundo ele, discursos de autoridades que validam uma polícia mais letal, o enfraquecimento dos organismos de controle interno da tropa e a descaracterização da política de câmeras corporais são alguns dos elementos que impactam negativamente a segurança no estado. O número de pessoas mortas por policiais militares em serviço aumentou 84,3% este ano, de janeiro a novembro, na comparação com o mesmo período do ano passado, subindo de 313 para 577 vítimas fatais, segundo dados divulgados pelo Ministério Público do Estado de São Paulo (MPSP) até 17 de novembro.
 
O Grupo de Atuação Especial da Segurança Pública e Controle Externo da Atividade Policial (Gaesp) do MPSP faz o controle externo da atividade policial e divulga dados decorrentes de intervenção policial. As informações são repassadas diretamente pelas polícias civil e militar à promotoria, conforme determinações legais e resolução da Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP).

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

Isso vai fechar em 0 segundos