Urnas eletrônicas: Vanderlan coloca em xeque vitória da própria esposa

Depois de condenar os bloqueios nas rodovias após a derrota de Bolsonaro que prejudicavam o transporte dos produtos das suas fabricas, o senador Vanderlan Cardoso (PSD), saiu em defesa do discurso golpista bolsonarista. Segundo aliados do senador, ao condenar os bloqueios, Vanderlan ficou como traidor entre os bolsonaristas e com medo de perder liderança da ultradireita em Goiás, tentou remediar a situação assinando um pedido para o que o MP investigue supostas fraudes nas urnas eletrônicas.

A atitude de Vanderlan coloca em xeque a sua própria eleição que foi por meio das urnas eletrônicas e do seu “aliado” Wilder Morais (PL), eleito em outubro para o Senado Federal e da sua própria esposa Izaura Cardoso 1ª suplente de Wilder.

A solicitação é que o Ministério Público determine investigação completa das supostas inconsistências apresentadas nas urnas eletrônicas. “O ato democrático de maior relevância é o voto, e não pode pairar dúvidas nesse processo. E a população merece uma explicação, e não pode ter cerceado o seu direito de questionar. A dúvida é o pior dos cenários nessa ocasião”, justificou Vanderlan.

 

Festa da vitória:

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Indiciado, Bolsonaro diz que Moraes “faz tudo o que não diz a lei”

Após ser indiciado pela Polícia Federal (PF), o ex-presidente Jair Bolsonaro publicou em sua conta na rede social X, nesta quinta-feira (21), trechos de sua entrevista ao portal de notícias Metrópoles. Na reportagem, ele informa que irá esperar o seu advogado para avaliar o indiciamento. 

“Tem que ver o que tem nesse indiciamento da PF. Vou esperar o advogado. Isso, obviamente, vai para a Procuradoria-Geral da República. É na PGR que começa a luta. Não posso esperar nada de uma equipe que usa a criatividade para me denunciar”, disse o ex-presidente.

Bolsonaro também criticou o ministro Alexandre de Moraes, relator do processo no Supremo Tribunal Federal (STF). “O ministro Alexandre de Moraes conduz todo o inquérito, ajusta depoimentos, prende sem denúncia, faz pesca probatória e tem uma assessoria bastante criativa. Faz tudo o que não diz a lei”, criticou Bolsonaro.

Bolsonaro é um dos 37 indiciados no inquérito da Polícia Federal que apura a existência de uma organização criminosa acusada de atuar coordenadamente para evitar que o então presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, e seu vice, Geraldo Alckmin, assumissem o governo, em 2022, sucedendo ao então presidente Jair Bolsonaro, derrotado nas últimas eleições presidenciais.

O relatório final da investigação já foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF). Também foram indiciados pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa o ex-comandante da Marinha Almir Garnier Santos; o ex-diretor da Agência Brasileira de Informações (Abin) Alexandre Ramagem; o ex-ministro da Justiça Anderson Torres; o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Augusto Heleno; o tenente-coronel do Exército Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro; o presidente do PL, Valdemar Costa Neto; e o ex-ministro da Casa Civil e da Defesa, Walter Souza Braga Netto.

Na última terça-feira (19), a PF realizou uma operação para prender integrantes de uma organização criminosa responsável por planejar os assassinatos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do vice-presidente, Geraldo Alckmin, e do ministro Alexandre de Moraes.

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