A Usiminas deve reavaliar seus planos de investimento no Brasil caso o governo federal não intensifique as medidas de defesa comercial contra importações consideradas desleais. O presidente-executivo da siderúrgica, Marcelo Chara, alertou que um ajuste para baixo nos investimentos de cerca de R$ 1,5 bilhão previstos para este ano pode ser necessário se não houver ações mais eficazes do governo, comparadas às adotadas no ano anterior.
Durante uma conferência com analistas sobre os resultados obtidos pela Usiminas no primeiro trimestre, Chara enfatizou a possibilidade de revisão dos investimentos, em resposta à necessidade de proteção do mercado nacional. A empresa busca respostas concretas por parte das autoridades governamentais, visando a defesa do setor siderúrgico brasileiro contra importações desleais e prejudiciais ao mercado interno.
A indústria siderúrgica tem pressionado o governo para adotar medidas antidumping contra produtos chineses, após a confirmação de prejuízos ao mercado local causados por importações a preços inferiores aos custos de produção. Além disso, o setor solicita uma revisão no sistema de cotas e tarifas de importação estabelecido no último ano, como forma de fortalecer a proteção contra práticas comerciais desleais.
Marcelo Chara destacou que, caso o governo não implemente as medidas necessárias até o segundo semestre, a Usiminas terá que reavaliar seu plano de investimento. O prazo estipulado para essas ações é outubro, sendo fundamental uma resposta rápida e eficaz para garantir a competitividade e a sustentabilidade do setor siderúrgico nacional diante do cenário internacional desafiador.
A pressão da indústria siderúrgica por medidas de defesa comercial mais robustas se intensifica diante da necessidade de proteção contra importações prejudiciais ao mercado brasileiro. A revisão das políticas de importação se torna crucial para garantir a equidade das relações comerciais e a manutenção da competitividade da produção nacional, especialmente no setor siderúrgico.
Diante do cenário de mercado e das pressões da indústria, a Usiminas aguarda ações concretas do governo para fortalecer a defesa comercial e proteger a produção nacional de aço. A revisão dos investimentos e a necessidade de ajustes nas projeções financeiras refletem a importância de medidas eficazes para manter a competitividade e a sustentabilidade do setor siderúrgico no Brasil.