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Uso de maconha compromete fertilidade masculina, aponta pesquisa

Última atualização 07/04/2023 | 22:38

Os efeitos físicos, mentais e sociais do uso de drogas já é conhecido por boa parte das pessoas e especialistas em saúde. Uma consequência negativa do consumo de maconha foi descoberta recentemente por cientistas norte-americanos vinculados à  pesquisadores da Oregon Health & Science University.

 

A pesquisa feita com macacos concluiu que o composto da planta responsável pelos efeitos alucinógenos chamado THC causou atrofia testicular e redução da qualidade e quantidade dos espermatozoides. Os animais tiveram os testículos reduzidos em 59% e os níveis do hormônio masculino testosterona caíram bastante.

 

“É muito importante que pesquisemos, entendamos e eduquemos sobre as implicações do THC na saúde reprodutiva, especialmente porque o uso continua a aumentar entre indivíduos em idade reprodutiva e mais estados legalizam a cannabis. Isso permite recomendações mais concretas e informadas para pacientes que estão em processo de planejamento familiar ou tentando engravidar ativamente”, esclareceu o professor e um dos autores do estudo, Jamie Lo ao portal EurekAlert!.

 

Na prática, usar maconha pode reduzir a fertilidade masculina. Apesar disso, os estudiosos perceberam que a interrupção do consumo por quatro meses causa a reversão parcial do problema. Eles notaram que os testículos voltaram a ter 73% do tamanho original e melhoria da qualidade do sêmen. O trabalho foi resultado de acompanhamento com administração progressiva de doses progressivas do THC nos macacos durante sete meses.

 

A estimativa da Organização Mundial da Saúde (OMS) é que 181,8 milhões de pessoas entre 15 e 64 anos no mundo sejam usuárias de maconha. De acordo com a Associação Paulista para o Desenvolvimento da Medicina (SPDM), os efeitos da maconha incluem relaxamento, euforia, pupilas dilatadas, conjuntivas avermelhadas, boca seca, aumento do apetite, rinite, faringite, comprometimento da capacidade mental, alteração da percepção, alteração da coordenação motora, maior risco de acidentes e voz mole.