USP estuda interação de macacos com visitantes no Parque Areião em Goiânia

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Interação de macacos com frequentadores de parque em Goiânia é estudada pela USP

População de macacos-prego no Parque Areião cresce acima do esperado devido à alimentação oferecida por visitantes, acredita pesquisador. Estudo tem o objetivo de embasar ações de preservação e proteção da espécie.

Pesquisadores de São Paulo estudam interação do macaco-prego com pessoas no parque Areião

Pesquisadores da Universidade de São Paulo (DE) estudam as interações entre macacos-prego e frequentadores do Parque Areião, em Goiânia. A unidade abriga 90 animais.

O grupo de Plasticidade Fenotípica de Macacos-Prego analisa o desenvolvimento dos animais em parques do Brasil. Para os pesquisadores, a população de macacos está crescendo mais rápido que o esperado, principalmente pelos alimentos que são oferecidos pelos visitantes do parque.

> “Não é aconselhável dar comida para o macaco de jeito nenhum. Os macacos não estão passando fome. Eles possuem alimentos aqui. As árvores frutíferas já têm a quantidade de alimentos suficiente para os macacos”, alerta o pesquisador Tulio Costa Lousa.

Atualmente, os 90 animais estão divididos em dois bandos distintos. Desde agosto de 2024, nasceram 15 novos filhotes, segundo a pesquisa.

Outro ponto de atenção observado pelo pesquisador diz respeito à localização das lixeiras. Segundo ele, elas precisam estar mais longe dos animais, para dificultar o acesso a restos de comida.

Gerente de educação, política e pesquisas ambientais da Agência Municipal do Meio Ambiente (Amma), Pedro Baima estuda novos modelos de lixeira para os parques que têm macacos.

> “O macaco-prego é um animal muito inteligente. Se você coloca uma pedaleira (na lixeira) ele pisa, se coloca uma tranca, ele tira a tranca. Então, a gente está num estudo buscando modelos em outros estados para ver se a gente consegue adaptar para o Parque Areião e para outros parques que tenham o macaco prego”, explica o gerente.

ETAPAS DO ESTUDO

A primeira etapa do estudo, chamada de fase observacional, será realizada até agosto no Areião e mais oito parques do Brasil. Após isso, o grupo aplicará um questionário para que os dados sejam somados às demais informações.

Os resultados da pesquisa serão apresentados para a comunidade por meio de artigos científicos e em palestras voltadas para a educação ambiental. Estes dados servirão como referência para ações do poder público em ações de preservação e proteção da fauna desses locais.

Segundo a Amma, as informações resultantes da pesquisa contribuirão para a criação do centro de estudos sobre os macacos-prego no Parque Areião, planejado pela agência.

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