Dados da Secretaria de Estado de Saúde (SES-GO) informam que, ao longo do mês, a taxa de ocupação das Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) tem se mantido acima de 90%. A superlotação tem obrigado as unidades hospitalares a fazer uma ‘ginástica’ com leitos e trazido insegurança para pais e mães.
As principais causas de internação nesse tipo de UTI são baixo peso (peso ao nascer inferior a 1,5 quilo), prematuridade, infecções congênitas, icterícia não-fisiológica, asfixia perinatal (quando o bebê fica sem oxigenação no momento próximo ao nascimento), anomalias congênitas importantes, síndromes hemorrágicas, convulsões, pré e pós-operatório, sofrimento fetal crônico, dentre outros.
Atualmente, a rede estadual conta com 44 leitos próprios, mas será necessário contratar cerca de mais 50 para ajudar a suprir a demanda. Ao O Popular, a superintendente de Políticas de Atenção Integral à Saúde da SES-GO, Paula Santos, informou que reconhece a sobrecarga dos leitos de UTI neonatal, mas que o número de vagas sofreu ampliação nos últimos anos. Dados do painel da Secretária informam que, até janeiro de 2022, o estado possuía 10 leitos próprios. O número saltou para 34 em abril do ano passado e depois para 44 em maio deste ano.
De acordo com a SES, a intenção do Estado é de que 10 leitos de UTI neonatal sejam abertos no Hospital Estadual de Águas Lindas, com previsão de entrega para fevereiro de 2024. ‘’Trabalhamos fortemente na regionalização do atendimento’’, diz Paula. “Considerando a alta demanda no Entorno do Distrito Federal, optamos por alocar os leitos lá (em Águas Lindas) estrategicamente’’, afirmou.
Além dos próprios leitos, o Estado conta ainda com cerca de 50 leitos contratados junto com as prefeituras em hospitais particulares de Goiânia, Anápolis, Aparecida de Goiânia e Catalão.
UTIs neonatais em Goiânia
Na capital, a rede municipal de saúde conta com dez leitos de UTI neonatal no Hospital e Maternidade Municipal Célia Câmara (HMCC), dez na Maternidade Dona Iris e outros oito no Hospital das Clínicas (HC). Além disso, o município conta com 50 leitos contratados no Hospital da Criança, Hospital Jacob Facuri e Maternidade e Hospital São Judas Tadeu.
Segundo a Secretaria Municipal de Saúde (SMS), em média, ‘’Goiânia mantém uma taxa de ocupação acima de 90%, pois sempre que não há demanda pelas unidade do município, a regulação abre solicitações do Complexo Regulador Estadual (CRE)’’. A SMS pontuou ainda que está ‘’sempre atenta às necessidades e possibilidades de ampliação’’.