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Vacina contra gripe pode reduzir risco de Alzheimer em 40% dos casos

Última atualização 02/07/2022 | 16:49

Um estudo inédito realizado nos Estados Unidos aponta que a vacina de gripe reduz em 40% o risco de Alzheimer. A associação já era de conhecimento de especialistas, mas a novidade é que um grupo grande de pessoas vacinadas foi acompanhado por 10 anos, entre 2009 e 2019. A conclusão divulgada no final do mês de junho mostra que o resultado foi positivo e promissor para pessoas acima de 65 anos.

Apesar de a pesquisa ser norte-americana, a pesquisa pode ter repercussão positiva no Brasil. É que a vacina aplicada em ambos os países é a mesma: a recombinante ou tetravalente. O impacto em número ainda é desconhecido pela falta de estatísticas oficiais de pessoas vacinadas com a doença de Alzheimer (DA), pacientes vacinados por faixa etária nem com a doença confirmada.

“Não se trata exatamente de uma surpresa, mas o estudo avalia o efeito da vacinação contra a gripe no risco de DA durante quatro anos. Esse foi um dos primeiros de acompanhamento do paciente. As evidências atuais sugerem que a vacinação contra influenza reduz o risco de demência, não necessariamente a DA”, explica a neurologista Aline Madeira.

Segundo ela, DA é um do diversos tipo de demências, conhecidas como doenças do esquecimento. Estudos anteriores já constataram redução de risco de demência em adultos imunizados contra outras doenças, como tétano, poliomielite e herpes. A expectativa dos pesquisadores agora é avaliar se a vacinação contra a gripe pode reduzir a taxa de progressão dos sintomas nos idosos já diagnosticados com Alzheimer.

Aline ressalta que a doença de Alzheimer provoca progressiva e severa deterioração das funções cerebrais, a exemplo de perda de memória, da linguagem, da razão e da habilidade de cuidar de si próprio. Incurável e comum em idosos a partir dos 65 anos, o risco é maior em pessoas que têm Síndrome de Down, com histórico familiar da doença e em mulheres. 

A prevenção, de acordo com a neurologista, é sono adequado, alimentação saudável, atividade física  e controle de comorbidades (pressão arterial, diabetes e depressão), não fumar, evitar traumas de crânio, uso excessivo de álcool e evitar locais com poluição atmosférica.

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