Vacina da Pfizer pode levar até 14 dias para ter resultado imunizante no organismo

Um enfermeiro americano residente da Califórnia, Matthew W., de 45 anos, contou em publicação nas redes sociais que foi diagnosticado com o coronavírus mais de uma semana depois de receber a vacina da Pfizer. Ele teria recebido a vacina no dia 18 de dezembro, e seis dias depois, na véspera do Natal, ficou doente após plantão em unidade que trata da Covid-19.

Fazendo o exame rápido, Matthew recebeu o resultado positivo no dia 26. Na notícia, divulgada por uma rede afiliada da ABC News, Christian Ramers, um especialista em doenças infecciosas do Centro de Saúde da Família de São Diego disse que o caso não é de se estranhar.

“Isto não é inesperado, de jeito nenhum. Se você trabalha com os números, isto é exatamente o que esperávamos que acontecesse se alguém fosse exposto. Sabemos, pelos testes clínicos da vacina, que demorará cerca de 10 a 14 dias para se começar a desenvolver uma proteção”, explicou Ramers, que atua no painel de consultas clínicas para o lançamento da vacina no condado de San Diego.

Além do mais, ainda que o paciente em questão possa ter se infectado antes de tomar o imunizante, o especialista afirma que mesmo após a primeira dose, a proteção não estará completa. No caso da Pfizer, ele expõe: “Aquela primeira dose, achamos que ela dá cerca de 50%, e você precisa daquela segunda dose para chegar a até os 95%” de imunização.

Imagem:  Lisi Niesner/Reuters

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Tribunal Penal Internacional emite mandado de prisão contra Netanyahu e líder do Hamas por crimes de guerra

O Tribunal Penal Internacional (TPI) emitiu, nesta quinta-feira, 21, mandados de prisão internacional para o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, o ex-ministro da Defesa israelense, Yoav Gallant, e o líder do Hamas, Mohammed Deif, por supostos crimes de guerra e contra a humanidade.
 
Os mandados foram expedidos após o procurador do TPI, Karim Khan, ter solicitado a prisão deles em maio, citando crimes relacionados aos ataques do Hamas a Israel em 7 de outubro de 2023 e à resposta militar israelense em Gaza. O TPI afirmou ter encontrado “motivos razoáveis” para acreditar que Netanyahu e Gallant têm responsabilidade criminal por crimes de guerra, incluindo a “fome como método de guerra” e os “crimes contra a humanidade de assassinato, perseguição e outros atos desumanos”.
 
Netanyahu e Gallant são acusados de terem privado intencionalmente a população civil de Gaza de bens essenciais à sua sobrevivência, como alimentos, água, medicamentos, combustível e eletricidade, entre outubro de 2023 e maio de 2024. Essas ações resultaram em consequências graves, incluindo a morte de civis, especialmente crianças, devido à desnutrição e desidratação.
 
Mohammed Deif, líder militar do Hamas, também foi alvo de um mandado de prisão. O TPI encontrou “motivos razoáveis” para acreditar que Deif é responsável por “crimes contra a humanidade, incluindo assassinato, extermínio, tortura, estupro e outras formas de violência sexual, bem como crimes de guerra de assassinato, tratamento cruel, tortura, tomada de reféns, ultrajes à dignidade pessoal, estupro e outras formas de violência sexual”.
 
Os mandados de prisão foram emitidos para todos os 124 países signatários do TPI, incluindo o Brasil, o que significa que os governos desses países se comprometem a cumprir a sentença e prender qualquer um dos condenados caso eles entrem em territórios nacionais.
O governo israelense rejeitou a decisão do TPI, questionando a jurisdição do tribunal sobre o caso. No entanto, os juízes rejeitaram o recurso por unanimidade e emitiram os mandados. O gabinete de Netanyahu classificou a sentença de “antissemita” e “mentiras absurdas”, enquanto o líder da oposição, Yair Lapid, a chamou de “uma recompensa ao terrorismo”. O ex-primeiro-ministro israelense Naftali Bennett também criticou a decisão, considerando-a uma “vergonha” para o TPI.
O conflito na Faixa de Gaza, que se arrasta há mais de um ano, deixou milhares de mortos e devastou a região. A decisão do TPI simboliza um avanço na responsabilização por crimes graves, embora sua eficácia prática seja limitada, dado que Israel e os Estados Unidos não são membros do TPI e não reconhecem sua jurisdição.

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