Vacina da Pfizer pode levar até 14 dias para ter resultado imunizante no organismo

Um enfermeiro americano residente da Califórnia, Matthew W., de 45 anos, contou em publicação nas redes sociais que foi diagnosticado com o coronavírus mais de uma semana depois de receber a vacina da Pfizer. Ele teria recebido a vacina no dia 18 de dezembro, e seis dias depois, na véspera do Natal, ficou doente após plantão em unidade que trata da Covid-19.

Fazendo o exame rápido, Matthew recebeu o resultado positivo no dia 26. Na notícia, divulgada por uma rede afiliada da ABC News, Christian Ramers, um especialista em doenças infecciosas do Centro de Saúde da Família de São Diego disse que o caso não é de se estranhar.

“Isto não é inesperado, de jeito nenhum. Se você trabalha com os números, isto é exatamente o que esperávamos que acontecesse se alguém fosse exposto. Sabemos, pelos testes clínicos da vacina, que demorará cerca de 10 a 14 dias para se começar a desenvolver uma proteção”, explicou Ramers, que atua no painel de consultas clínicas para o lançamento da vacina no condado de San Diego.

Além do mais, ainda que o paciente em questão possa ter se infectado antes de tomar o imunizante, o especialista afirma que mesmo após a primeira dose, a proteção não estará completa. No caso da Pfizer, ele expõe: “Aquela primeira dose, achamos que ela dá cerca de 50%, e você precisa daquela segunda dose para chegar a até os 95%” de imunização.

Imagem:  Lisi Niesner/Reuters

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Avião da Embraer pode ter sido abatido por sistema de defesa russo, indicam fontes

O acidente com o avião da Azerbaijan Airlines que deixou 38 mortos na última quarta-feira pode ter sido causado por um sistema de defesa aérea russo, segundo informações obtidas pela agência Reuters. A suspeita foi inicialmente levantada por Andriy Kovalenko, membro da segurança nacional ucraniana, que mencionou imagens mostrando coletes salva-vidas perfurados. Especialistas em aviação e militares corroboraram a análise, e até mesmo a mídia russa considerou a possibilidade de a aeronave ter sido confundida com um drone ucraniano.

Enquanto isso, as autoridades russas e do Cazaquistão pedem cautela. Dmitry Peskov, porta-voz do Kremlin, declarou que especulações sobre as causas são prematuras, e o presidente do Senado do Cazaquistão, Mäulen Äşimbaev, reforçou que a investigação está em andamento, garantindo transparência nos resultados.

O avião, que partiu de Baku, capital do Azerbaijão, com destino a Grozny, na Rússia, desviou significativamente de sua rota antes de cair no Cazaquistão. A companhia aérea inicialmente sugeriu que o acidente poderia ter sido causado por colisão com aves, mas especialistas descartaram essa hipótese. Serik Mukhtybayev, especialista cazaque, e o brasileiro Lito Sousa destacaram que os danos nos destroços apontam para uma causa externa, possivelmente relacionada a um ataque.

Relatos e análises reforçam a teoria de que o avião foi atingido por um míssil. Um piloto militar francês, sob anonimato, afirmou que os danos na cauda são consistentes com explosões de estilhaços. O blogueiro russo Yuri Podolyaka também mencionou sinais típicos de sistemas antiaéreos.

Dados do site Flightradar24 mostram que o avião enfrentou interferências de GPS antes do acidente, algo já atribuído à Rússia em ocasiões anteriores. A Chechênia, destino final do voo, havia sido alvo de ataques com drones no mesmo período, segundo informações locais.

O presidente do Azerbaijão, Ilham Aliyev, evitou especular, atribuindo o desvio de rota ao mau tempo. A caixa-preta do avião foi recuperada e será analisada para determinar a causa do acidente. Das 67 pessoas a bordo, 29 sobreviveram, sendo que 11 permanecem em estado grave.

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