Vacinação contra H1N1 é adiada na rede pública

A Secretaria afirma que apesar da modificação a vacina será aplicada entre abril e maio, período ideal sendo antes do auge de transmissão

A Campanha Nacional de Vacinação Contra Influenza (gripe H1N1) que estava prevista para começar no dia 16 de abril, foi adiada para o próximo dia 23. Segundo a Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, a mudança ocorre devido o atraso do Instituto Butantan na entrega do imunobiológico. Após essa mudança, não será possível fazer a antecipação das entregas em nenhuma região do país, pois a primeira remessa, que corresponde a 12% do total a ser entregue, só ocorrerá na primeira semana de abril.

Em nota, a Secretaria afirma que apesar da modificação a vacina será aplicada entre abril e maio, período ideal sendo antes do auge de transmissão do vírus no Brasil, que acontece em junho.

De acordo com a Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES), as pessoas que serão vacinadas são definidas pelo Ministério da Saúde. São as pessoas que correm mais risco de desenvolver casos mais graves de Influenza A. São pessoas que fazem parte do chamado grupo de risco:  portadores de doenças pulmonares crônicas (asma, por exemplo); cardiopatas; portadores de doenças metabólicas crônicas, como a diabetes; imunodeficientes ou portadores de imunodepressão; crianças com menos de 5 anos; grávidas ou mulheres até 45 dias pós-parto; adultos com mais de 60 anos, portadores de doenças renais, entre outros.

🔔Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp