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“Vagabundo morto por vagabundos”, diz Sérgio Camargo sobre Congolês morto no RJ

Última atualização 12/02/2022 | 16:05

O presidente da Fundação Palmares, Sérgio Camargo, atacou nesta sexta-feira (11) o congolês Moïse Mugenyi Kabagambe, 24, assassinado em um quiosque no Rio de Janeiro.

Em uma de suas redes sociais, Camargo disse que o jovem foi um “vagabundo morto por vagabundos mais fortes”. “Moïse andava e negociava com pessoas que não prestam. Em tese, foi um vagabundo morto por vagabundos mais fortes. A cor da pele nada teve a ver com o brutal assassinato. Foram determinantes o modo de vida indigno e o contexto de selvageria no qual vivia e transitava”, disse.

Em outra publicação, horas antes, Camargo também disse não existir “a menor possibilidade” de a Fundação Palmares homenagear o congolês.

“Ele foi vítima de crime brutal mas não fez nada relevante no campo da cultura. A Palmares lamenta e repudia a violência, mas não endossa as narrativas canalhas e hipócritas da esquerda”, escreveu.

O presidente da fundação também afirmou que a morte do Congolês não o torna um mártir ou um herói dos negros. “Moïse foi morto por selvagens pretos e pardos – crime brutal. Mas isso não faz dele um mártir da “luta antirracista” nem um herói dos negros. O crime nada teve a ver com ódio racial. Moïse merece entrar nas estatísticas de violência urbana, jamais na história.”

Relembre o assassinato brutal

O congolês Moïse Mugenyi foi espancado até a morte perto de um quiosque na Barra da Tijuca, na zona oeste do Rio de Janeiro, no último dia 24. Segundo familiares do jovem, ele foi agredido após pedir salários atrasados no quiosque onde trabalhava como ajudante de cozinha.

Vídeos das câmeras de segurança do quiosque mostra o momento em que Moïse mexe no interior de um refrigerador e dois homens se aproximam e o empurram para longe. Um dos agressores joga o jovem no chão e os dois começam a lutar. O segundo agressor chega a segurar as pernas de Moïse. Enquanto isso, um terceiro agressor, com um pedaço de pau, começa a bater no congolês.

Os três suspeitos que aparecem nos vídeos das câmeras de segurança já foram presos. Em seus depoimentos eles negaram que o assassinato do jovem tivesse motivação racista  e disseram que as agressões começaram após Moïse abrir uma geladeira do estabelecimento para pegar cervejas.