Vai pescar? Produtos apresentam variação de até 200%, em Goiânia

O mês das férias mal começou, mas o preço dos principais produtos comercializados em julho já começou a aumentar, segundo uma pesquisa do Programa de Defesa do Consumidor de Goiás (Procon) divulgada nesta sexta-feira, 1º. Os produtos de pesca, por exemplo, registraram uma variação de até 200% na capital. Um dos motivos da diferença de preço, conforme o órgão, é o Rio Araguaia e outros lugares de lazer, destino certo de muitas familias e pescadores nesta época do ano.

Para realizar o levantamento, o Procon vizitou 16 estabelecimentos de produtos de pesca e camping, entre os dias 20 e 23 de junho de  2022. Foram consultados os preços de 115 itens como barracas, colchões infláveis, lanternas, fogareiros, anzóis, linhas, chumbadas, varas de pesca, molinetes e carretilhas, além de barcos, motores e coletes salva-vidas. O produto que teve a maior variação, conforme o órgão, foi o Anzol Marine Sport 1/0 – c/ 50 Unidades – Ref. 4330 – Marine Sport – cujo menor preço encontrado foi de R$ 7 e o maior R$ 21.

O maior aumento médio, entretanto, foi de 63,16% no caso do Fogareiro Duo Ceramik Cons. Gás com 1 chama. Já a barraca para 6 pessoas da marca Rainforest, por outro lado, registrou redução de 36,53% na comparação. (Veja relatório)

Orientações 

Além da velha dica de pesquisar os preços, o Procon também orienta os consumidores a aproveitarem as promoções comuns nesta época do ano. Para o órgão, é preciso ter calma na hora de ir às compras, pois como esses produtos não são tabelados, a compra sem os devidos cuidados pode causar prejuízo no bolso do comprador.

Outra orientação é fracionar a compra entre os estabelecimentos visitados que a economia será ainda maior. Evite ainda comprar produtos sem procedência (mercado informal) e que não emitem nota fiscal. O preço, muitas vezes, pode até ser mais vantajoso, mas o prejuízo pode vir na quantidade e principalmente na qualidade do produto, que não dará a garantia necessária para a segurança na utilização.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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