Valdemar culpa governo por tarifaço de Trump e diz: ‘o Brasil que está errando’
O presidente do PL afirma que Trump age por amizade a Bolsonaro e que sanções não terão impacto eleitoral. Para ele, governo brasileiro deveria negociar em vez de criticar.
Valdemar culpa governo por tarifaço de Trump
Valdemar culpa governo por tarifaço de Trump
O presidente do PL, Valdemar Costa Neto, afirmou nesta quarta-feira (3) que o governo brasileiro “está errando” ao não negociar diretamente com os Estados Unidos para reverter as sobretaxas impostas pelo presidente Donald Trump. Para ele, as sanções não terão impacto eleitoral negativo para a direita e são uma consequência da postura da diplomacia brasileira.
“Eu não concordo com o tarifaço. Eu discordo do governo, porque o governo não está conduzindo a situação como deveria. Conduzir de negociar”, disse.
‘TRUMP GOSTA DE BOLSONARO’
Questionado sobre a motivação de Trump, Valdemar atribuiu a medida à amizade do presidente americano com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e a informações que ele recebe da Embaixada dos EUA.
“O Trump, como gosta do Bolsonaro por causa do carisma que o Bolsonaro tem, ele conquistou o Trump também. Ele chega lá, pergunta, chama o pessoal da embaixada, chama secretário de Estado e pergunta: ‘o Bolsonaro, meu amigo lá no Brasil, é honesto? O julgamento dele é legal?’. ‘Não, é ilegal’. Então, por isso que o Trump está tomando essas providências”, afirmou.
DEFESA DE EDUARDO BOLSONARO
Valdemar negou que o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) tenha articulado as sanções, afirmando que a decisão partiu exclusivamente de Trump. No entanto, ele defendeu a atuação do filho do ex-presidente nos Estados Unidos.
“O Eduardo está lá para defender o pai dele, ele não quer ver o pai dele passando o que ele está passando”, disse.
Perguntado se Eduardo errou ao articular com a Casa Branca, Valdemar foi enfático:
“O Eduardo não. O Eduardo foi para lá para defender o pai dele, ele não quer ver o pai dele passando a humilhação que está passando”.
O presidente do PL minimizou o boicote de Eduardo Bolsonaro a um encontro do ministro Fernando Haddad com uma autoridade americana, afirmando que “se o governo brasileiro trabalhar direito através da diplomacia, resolve esses problemas”.