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Vale sabia de problemas nos sensores de barragem dois dias antes de tragédia em Brumadinho

A Polícia Federal (PF) analisa e-mails trocados entre a Vale e duas empresas ligadas à segurança da Barragem de Brumadinho, que se rompeu em 25 de janeiro. Os documentos mostram que dois dias antes do rompimento, a mineradora tinha sido informada dos problemas em dados de de sensores que faziam o monitoramento da estrutura.

As informações fazem parte do depoimento prestado por Makoto Namba e André Jum Yassuda, dois engenheiros da Tüv Süd Brasil, empresa contratada pela mineradora. Os dois profissionais foram presos dias após o rompimento da barragem. Nessa terça-feira (5), o Superior Tribunal de Justiça (STJ) concedeu liberdade aos dois e outros três funcionários da Vale.

Os engenheiros são responsáveis pelos laudos e estabilidade da barragem, que foi feito em setembro de 2018. Eles foram ouvidos pela PF em 1º de fevereiro. Nas oitivas, mensagens de e-mails trocadas entre funcionários da Tüv Süd Brasil e da Vale, responsáveis pela barragem, foram reveladas pelo delegado. Um engenheiro da Tüv Süd, Dênis Valentin, citado no depoimento, enviou as primeiras mensagens, em 23 de janeiro, a vários interlocutores. Elas foram respondidas por Hélio Cerqueira, funcionário da Vale, no dia seguinte.

Em 24 de janeiro, foram trocadas novas mensagens respondidas por Anderson Fernandes, outro funcionário da Vale. O assunto do e-mail era a discrepância de dados dos piezômetros, que fazem o monitoramento da barragem e são automatizados. Eles apresentaram falhas em 10 de janeiro. Outro ponto questionado nas mensagens é o não funcionamento de cinco aparelhos.

 

Fonte: Jornal Estado de Minas

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