Valéria Belém: “Leitura tem de fazer parte do nosso cotidiano”

A jornalista e escritora Valéria Belém deve lançar mais três livros este ano. É o que ela revelou semana passada quando esteve no Diário do Estado para falar do Dia Internacional do Livro Infantil, comemorado no dia 2. Ela fez um alerta que, apesar de ter uma data específica que celebre a leitura, “nós não podemos esquecer que a leitura é como comer, dormir. Tem que fazer parte do nosso cotidiano”.

Valéria Belém fala sobre a importância dos hábitos de leitura em casa e nas escolas. Ela já tem 26 livros infantis publicados. Os livros tratam de temas que merecem ser discutidos, como padrões de beleza, bullying, vida e morte. Tudo isso pela ótica das crianças, que têm um jeito especial de encarar os fatos.

No início de sua carreira, Valéria se dedicou ao jornalismo. Deixando a escrita literária adormecida por um tempo. Ao começar à trabalhar no suplemento infantil do jornal em que atuava, ela começou a realizar pautas e a participar de assuntos que envolviam as crianças. Fato que contribuiu para seu interesse em assuntos infantis, por sua forma de encarar o mundo.

Sua primeira obra foi publicada no ano 2000, em parceria com Augusta Faro, uma das precursoras da literatura infantil no Estado. A coletânea de histórias, deu início à uma trajetória que já conta com 26 publicações. Em sua rotina ela lidava com diversos temas e se via questionando como poderia abordá-los. Ela conta que o livro “E eu?” fala sobre a questão do bullying. E além disso, trata de outra questão muito importante: “na escola, a gente conhece de tudo, ciências, matemática, mas o mais importante é que a gente conhece pessoas. Cada um com seu jeito de ser, único. E porque é que a gente não aproveita esse espaço, para convivência, pro aprendizado?”.

O Cabelo de Lelê, sua obra mais vendida, foi inspirado em uma criança que sofria com o cabelo dela. Em conjunto com o livro “Feita de Pano”, os dois livros entraram no Programa Nacional da Biblioteca na Escola (PNBE), sendo distribuídos em vários estados do País gratuitamente. “Eu e a adriana (ilustradora dos livros) ficamos muito felizes, por que nós queremos que esses livros cheguem no público. Conseguir alcançar todos esses espaços torna o trabalho muito mais prazeroso”, relata.

Sobre os planos para este ano, Valéria revela que lançará mais três livros, com alguns traços da psicanálise. Área de estudo a qual vem se dedicando. Além de ter visitas agendadas em várias escolas. “A minha defesa, de muitos anos, é a formação de leitores capacitados para uma compreensão de mundo. Na adolescência, com o uso das redes sociais, tem o lado negativo, das fake news e pós verdades. Eles têm que entender isso. E também, ler sobre tudo, opinar, comparar e realmente pensar”, explica.

Ainda neste âmbito da internet, ela acredita que a tecnologia é um meio facilitador. Assim como existe espaço para os cinemas e os serviços de streaming de vídeos online, há espaço para os livros e para a internet. “A tecnologia convive com esses meios, cada um oferece um prazer diferente”. E crê que o maior desafio é deixar o celular de lado para ler ou estudar, “porque sempre tem alguém falando ou comentando alguma coisa, o celular está sempre apitando”.

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Quando desmontar a Árvore de Natal? Confira a data e motivo

O Natal é uma das festas mais celebradas no mundo cristão, marcada por enfeites, troca de presentes e tradições como a montagem da árvore de Natal. No entanto, quando chega o momento de desmontar a decoração, uma dúvida comum surge: qual é a data correta para dar fim ao clima natalino?

A tradição cristã estabelece o dia 6 de janeiro, conhecido como o Dia de Reis, como o fim do ciclo natalino. Este dia marca a visita dos três Reis Magos – Belchior, Gaspar e Baltazar – ao menino Jesus em Belém. Segundo o relato bíblico, os Magos foram guiados pela estrela de Belém e trouxeram presentes simbólicos para o recém-nascido: ouro, incenso e mirra. O Dia de Reis também é conhecido como Epifania, momento que, para a Igreja Católica, simboliza a revelação de Cristo ao mundo.

Em muitos países, o Dia de Reis é considerado o momento de desmontar a árvore e guardar os enfeites, mantendo o respeito à tradição religiosa e cultural que circunda o Natal. Essa prática está profundamente enraizada em diversas culturas, como na Espanha, onde as crianças recebem presentes dos Reis Magos, e no México, com a tradicional Rosca de Reyes, um pão doce em forma de coroa.

Práticas Diferentes

Embora o Dia de Reis seja a data tradicional para desmontar a árvore, algumas pessoas preferem fazê-lo antes, por questões de praticidade, especialmente devido ao retorno ao trabalho e à rotina. Outras, por outro lado, optam por manter a decoração até o dia 6 de janeiro, prolongando a sensação de festas e celebrando o encerramento do ciclo natalino.

Enquanto na tradição católica o Dia de Reis simboliza o fechamento das festividades, as religiões protestantes não possuem uma data fixa para desmontar a árvore de Natal. Nessas comunidades, o foco principal é o Natal e a Páscoa, sem a obrigação de seguir um calendário litúrgico para a retirada dos enfeites.

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