“Vamos colocar internet em todos os cantos de Goiânia”, afirma Cristiano Cunha (PV)

Em mais uma entrevista do DE trazendo os candidatos à prefeitura de Goiânia, desta vez é Cristiano Cunha, do PV, que vai falar sobre seus projetos para a cidade. Ele tem 43 anos, dois filhos, e é advogado trabalhista. Também já foi secretário do Meio Ambiente em Trindade. “Estou na presidência do Partido Verde há pouco mais de um ano. Conversei com o nacional e o partido achou interessante uma candidatura majoritária aqui em Goiânia”, conta Cristiano, que lembra: “de 2011 a 2019, não teve candidatura do partido aqui”.

Cunha está ciente de que não será fácil ser prefeito de Goiânia. “A gente tem vontade, muita vontade, agora competir com os demais… é o que a gente chama de ‘o tostão contra o milhão’, porque nossa campanha, comparada com os grandes, é pequena, é desigual”. Mesmo assim, o PV optou por entrar na luta: “Vimos pesquisas por aí e a insatisfação da população com a velha guarda, com os políticos tradicionais. Então a gente aposta no novo, na renovação“, salienta. “O nosso nome já aparece à frente de políticos experientes, então estamos muito motivados“.

O líder do PV não é mais um opositor de Íris Rezende. “Eu concordo com o trabalho que o Íris vem desempenhando. Ele é político há mais de 60 anos, então a gente tem que reconhecer este trabalho”, elogia, mas aconselha: “O que ele precisa é pensar numa cidade moderna, mais ágil. As ciclovias ficaram paradas, o VLT já podia estar instalado há muito tempo”. O projeto do candidato é promover um sistema híbrido no transporte na cidade: ônibus, bicicleta, carros. Ele também aposta na construção de linhas de VLT, além da troca do BRT, já que nas palavras do candidato,  “esse sim é ecologicamente correto (VLT)”.

O que o eleitor goianiense deve esperar do candidato? Ele responde: “O que eu pretendo é dar continuidade ao trabalho que o Íris vem fazendo. Não podemos deixar o trabalho dele de lado, mas aprimorá-lo. Em relação à educação e saúde, precisamos interligar o sistema, colocando a tecnologia de fácil acesso para todos. A ideia é tornar Goiânia uma cidade tecnológica“, conta. “Vamos colocar internet em todos os cantos da cidade, para devolver ao cidadão o que ele paga de imposto“.

E ele termina com o questionamento: “E os políticos por aí, quantas promessas já fizeram? Acho que tem que analisar o histórico deles. Promessa de campanha é muito fácil“, alfineta. “Eu sempre coloquei meu pé no chão“.

Assista a entrevista na íntegra:

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Vídeo: Circulação de fake news fez Goiás cair índice a cobertura vacinal infantil

Devido às baixas procuras por vacinas, em função da pandemia de Covid-19 e circulação de fake news, Goiás deu início nesta segunda-feira, 8, à Campanha Nacional de Vacinação contra a Poliomielite e de Multivacinação para Atualização da Caderneta de Crianças e Adolescentes. O objetivo é reduzir o risco de transmissão de doenças imunopreveníveis, como a paralisia infantil, sarampo, catapora e caxumba. Este ano, a média da cobertura vacinal em Goiás está pouco acima dos 50%, ou seja, longe do ideal que 95%.

De acordo com a gerente do Plano de Nacional de Imunização (PNI) da Secretaria de Estado de Goiás, Clarice Carvalho, durante o período crítico da pandemia da Covid-1, no estado, muitos pais deixaram de levar as crianças até uma unidade de saúde para atualizar o cartão de vacinação. O medo, em parte, estava relacionado à doença, porém, a circulação de informações falsas contribuíram com o quadro.

“Muitas pessoas tinham receio de ir até uma unidade de saúde para se vacinar, mesmo estas unidades estando preparadas para acolher as pessoas. Ainda houve um receio, mas devido a circulação de fake news, informações incorretas, informações falsas, abordando a segurança da vacina”, explicou Clarice.

Para esse público, que ficou sem vacinar durante os últimos dois anos, os profissionais das Unidades Básicas de Saúde (UBS’s) vão elaborar um plano para que o esquema vacinal fique completo.

Além disso, de acordo com a gerente do PNI, em Goiás, diversos municípios já atuaram ativamente para buscar as crianças que precisam de algum imunizante.

“Os municípios têm trabalhado sim nesta busca ativa, indo nas casas, principalmente, para vacinar as crianças de acordo com as doses programadas para a sua idade”, explicou Clarice.

*Entrevista completa ao final do texto*

Multivacinação Infantil

A Campanha de Multivacinação está aberta em todos os 246 municípios goianos, com objetivo de sensibilizar pais e responsáveis a levarem as crianças e adolescentes aos postos de saúde para completarem o cartão vacinal.

Dados da Secretaria Estadual de Saúde (SES) mostram que, nos últimos anos, as coberturas vacinais de todas as vacinas estão bem abaixo de 95%, meta preconizada pelo Ministério da Saúde (MS) para garantir a proteção coletiva de toda a população infantil. Este ano, a média da cobertura vacinal em Goiás está pouco acima dos 50%.

Risco

O Brasil já convive com a reintrodução de doenças que já haviam sido erradicadas. Dois anos depois da concessão do Certificado de País Livre do Sarampo, com a circulação do vírus dessa doença e a transmissão por mais de 12 meses consecutivos, o país perdeu essa certificação. De 2019 a 2020, foram 20 casos notificados em Goiás.

Também a difteria, que havia sido controlada, deixando de ser uma preocupação dos gestores de saúde, voltou a apresentar casos isolados. O último caso da doença havia sido notificado em 1998. Neste ano, foi registrado um caso da enfermidade, em Santa Helena de Goiás.

Com o vírus da poliomielite, também conhecida como paralisia infantil, circulando em países da África e diante das baixas coberturas registradas nas crianças brasileiras, existe o risco do retorno dessa doença, prevenida com apenas duas gotinhas da vacina Sabin.

O Brasil não cumpre, desde 2015, a meta de imunizar 95% do público-alvo vacinado contra a poliomielite, patamar necessário para que a população seja considerada protegida contra a doença.

Sarampo, tétano, difteria, poliomielite, tuberculose, coqueluche, meningites e várias outras doenças são prevenidas com vacinas seguras, testadas e usadas há mais de 30 anos com sucesso no Brasil.

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