“Vamos esquecer que o Marconi tentou trazer VLT, BRT, nosso projeto definitivo é o metrô”, destaca Major Araújo (PSL)

O Partido Social Liberal oficializou o nome do policial militar, mais conhecido na política como Major Araújo, como candidato à Prefeitura de Goiânia nas eleições municipais de novembro. Major Araújo vai disputar o cargo de prefeito pela primeira vez na carreira política. Ele tem 54 anos e é major da Polícia Militar de Goiás. O político exerce atualmente o terceiro mandato de deputado estadual. O partido escolheu a pastora Rose Castelo como candidata à vice-prefeita da chapa.

Inicialmente o pré-candidato foi questionado sobre sua relação com o atual prefeito Iris Rezende, quando eleito vice-prefeito de Goiânia, no segundo turno das eleições 2016, e desistiu do cargo: “essa minha desistência da eleição junto com o Iris, se deu porque não havia espaço para que eu atuasse em área nenhuma. Todos viram que essa escolha minha como vice se deu muito rápido, faltando cinco dias do fim da convenção. Eu não conhecia o Iris como gestor, mas ao longo da campanha eu fui conhecendo. Vi uma pessoa centralizadora, que não abria brecha”.

O deputado destacou que a sociedade goianiense quer e precisa de um metrô, e que traz em seu projeto de gestão essa possibilidade, mas que segundo ele nunca existiu um prefeito que avançasse essa possibilidade no transporte da capital. “O grande diferencial da minha proposta é a coragem de enfrentar esses poderosos da iniciativa privada, ainda mais com relação a construtoras e imobiliárias, mesmo sabendo que tem uma troca de favor nisso, mas o que vai ser feito é aquilo que atende integralmente o interesse social. Os contratos do transporte coletivo de Goiânia podem ser rompidos se houver má prestação de serviço. Nossa proposta principal é o metrô, é possível. Vamos esquecer que o Marconi tentou trazer VLT, BRT, nosso projeto definitivo é o metrô, com recurso próprio, da união, mas é possível”, explica o pré-candidato.

Major conta que as alianças formadas pelo PSL só são bem vindas se forem legítimas, mas que as alianças sempre envolvem um retorno financeiro. “O partido que vem até nós, oferece uma planilha de 400, 500 mil reais, para que essa aliança fosse formalizada. Mas o PSL não faz isso. Todas essas polêmicas de campanha, nós vamos polemizar bastante”, provoca. O candidato também disse que já possui planos e projetos para áreas essenciais, que precisam de mudança urgente na capital: a segurança pública, educação e saúde.

Assista à entrevista completa:

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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