Vândalos violam túmulo de mulher e levam a cabeça dela: “Não teve paz nem morta”

O túmulo de uma mulher morta a tiros pelo ex-cunhado em agosto do ano passado em Nova Iguaçu, no Rio de Janeiro, foi violado por vândalos que levaram a cabeça dela. O caso ocorreu em março deste ano. Sabrina Tavares de Almeida estava enterrada há oito meses e a Polícia Civil ainda investiga.

No dia 17 de março, Adilson Miguel da Silva, administrador do cemitério, procurou a delegacia para relatar que encontrou o túmulo de Sabrina violado. No lugar da cabeça, os vândalos colocaram uma tigela de barro, utilizada em trabalhos religiosos, com garrafas de bebidas e papéis.

Diante dos policiais, o administrador do local relatou a presença de um buraco na região onde a cabeça deveria repousar. Ele alegou ter convocado outros colegas, os quais abriram a sepultura e encontraram um “um alguidar de barro utilizado para ritual com objetos dentro no local onde ficava a cabeça.”

Adilson afirmou às autoridades que durante a madrugada do dia 16 até o dia 17 de março, período em que o crime teria sido cometido, não avistou qualquer indivíduo estranho rondando o cemitério.”

Túmulo violado

O pai de Sabrina, o funcionário público Jorge Luiz Gomes de Almeida, relatou que somente tomou conhecimento do ato de vandalismo quase um mês após o ocorrido.

Em 11 de abril, ele visitou o local para limpar e colocar flores no túmulo da filha. Foi nesse momento que um coveiro o interpelou, solicitando que se dirigisse à administração para conversar com o responsável.

“Lá, eles disseram que o túmulo tinha sido mexido e que eu tinha que esperar um laudo [da Polícia Civil] ficar pronto para saber o que aconteceu. Quarenta dias depois, o documento ficou pronto e foi constatado que eles roubaram a cabeça da minha filha e fizeram um ritual religioso […] Ela foi assassinada e não teve paz nem no cemitério”, fala o pai de Sabrina.

Possível ritual

O delegado titular da 58ª DP (Posse), José Mário Salomão de Omena, onde o caso é investigado, aponta que o local foi usado para um ritual religioso. O registro de ocorrência foi feito com base no artigo 210 do Código Penal, que é violação de sepultura. A pena varia de 1 a 3 anos de prisão.

“Os indícios apontam que não é um recado para a família, e sim um ritual religioso em razão do tempo [do assassinato de Sabrina]. E quem faz esse tipo de crime acredita que não será descoberto”, disse Omena.

Assassinada pelo ex-cunhado

Sabrina foi assassinada enquanto dormia numa casa junto com a mãe, Fátima de Azevedo Tavares. As duas foram alvejadas por um homem encapuzado. Fátima fingiu que estava morta e conseguiu sobreviver. O criminoso usava luvas, ele entrou na casa em silêncio e não roubou nada.

De acordo com investigações da Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF), o suspeito de assassinar a tiros Sabrina é Mateus da Silva Osório Ferreira, ex-cunhado dela. E conforme relatado pela PC, a motivação do crime foi o interesse em um imóvel deixado pelo ex-marido da vítima e irmão do suspeito, assassinado em 2016, na porta de casa.

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Ponte TO-MA: Agência irá avaliar qualidade da água de rio após queda de ponte

A Agência Nacional de Águas (ANA) anunciou nesta terça-feira, 24, que está avaliando a qualidade da água no Rio Tocantins, na área onde desabou a ponte Juscelino Kubitschek, entre os municípios de Aguiarnópolis (TO) e Estreito (MA). Essa medida se justifica devido à informação de que alguns dos caminhões que caíram no rio após a queda da ponte carregavam pesticidas e outros compostos químicos.

O foco das análises está no abastecimento de água a jusante (rio abaixo) a partir do local do acidente. A ANA, em conjunto com a Secretaria de Meio Ambiente do Maranhão, vai determinar os parâmetros básicos de qualidade da água e coletar amostras para as análises ambulatoriais. O objetivo é detectar os principais princípios ativos dos pesticidas potencialmente lançados na coluna d’água do rio Tocantins.

As notas fiscais dos caminhões envolvidos no desabamento apontam quantidades consideráveis de defensivos agrícolas e ácido sulfúrico na carga dos veículos acidentados. No entanto, ainda não há informações sobre o rompimento efetivo das embalagens, que, em função do acondicionamento da carga, podem ter permanecido intactas.

Devido à natureza tóxica das cargas, no domingo e segunda-feira, 23, não foi possível recorrer ao trabalho dos mergulhadores para as buscas submersas no rio. O Corpo de Bombeiros do Maranhão confirmou nesta terça-feira, 24, a morte de quatro pessoas (três mulheres e um homem) e o desaparecimento, até o momento, de 13 pessoas.

Sala de crise

Na quinta-feira, 26, está prevista a reunião da sala de crise para acompanhamento dos impactos sobre os usos múltiplos da água decorrentes do desabamento da ponte sobre o rio Tocantins. Além da própria ANA, outros órgãos participam da sala de crise, como o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (Ibama), o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e o Ministério da Saúde.

O Dnit está com técnicos no local avaliando a situação para descobrir as possíveis causas do acidente. Segundo o órgão, o desabamento foi resultado porque o vão central da ponte cedeu.

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