Variante delta é responsável por 75% dos casos de Covid-19 em Aparecida de Goiânia

De acordo com dados do Programa de Vigilância Genômica da Secretaria Municipal de Saúde de Aparecida de Goiânia, a variante delta é atualmente responsável por 75% dos novos casos de Covid-19 no município.

A variante foi identificada pela primeira vez na Índia e acende alertas por ser mais transmissível. Em Aparecida, o primeiro caso conhecido ocorreu no início de julho, mas no início de setembro o número de casos aumentou de forma significativa.

Por outro lado, entre os casos de reinfecção, a gama ainda é a principal variante encontrada. Dos 16 casos de reinfecção atuais, 15 foram causados pela gama.

Testes realizados em laboratório de Aparecida de Goiânia / Foto: reprodução

Sequenciamento genômico

Os dados fazem parte do Programa de Sequenciamento Genômico da Prefeitura, coordenado pela Diretora de Avaliação de Políticas de Saúde do município, Erika Lopes. Segundo ela, o projeto é o maior programa do país a fazer o sequenciamento de forma frequente, o que ajuda a conhecer os vírus presentes na cidade e seus padrões de infecção e dispersão na sociedade.

“A gente faz uma análise completa do genoma do vírus e coloca num banco de dados que classifica as variantes em circulação”, explica. “A partir daí, então, conhecemos as mutações, comparamos informações entre pacientes e conseguimos saber se são variantes com mais risco de transmissão ou maior gravidade.

Ela ainda acrescenta que a medida é extremamente importante no planejamento de políticas públicas, o que ajuda a evitar o colapso do sistema de saúde.

Variantes que circulam

Ao coletar informações de variantes em circulação, o programa permite analisar tendências de aumento e quedas de caso, bem como o poder de impacto nas pessoas infectadas. “Dessa maneira a gente consegue planejar o que é necessário para ofertar assistência de qualidade, sem pressionar os profissionais”, destaca.

Além disso, o projeto ainda contribui com o combate à Covid-19 em escala global. Isso porque todas as informações coletadas no processo são colocadas num banco de dados público internacional, disponível para pesquisadores interessados.

Implantação

O programa passou a funcionar a partir de abril de 2021, mas é resultado de um processo de testagem que teve início no mesmo mês do ano anterior. “Em abril de 2020, a cidade começou um programa de testagem em massa que já ofertou mais de 380 mil exames de RT-PCR. Todas as amostras estão armazenadas conosco, então temos muita matéria para analisar”, explica Erika.

O armazenamento é feito após a realização dos testes, realizados gratuitamente e ofertados em seis pontos do município. Para participar da testagem, o cidadão pode agendar um horário por meio do telefone 0800 646 1590.

“Após o teste, os materiais são armazenados em câmaras frias para que fique à nossa disposição. Atualmente sequenciamos tanto amostras atuais coletadas pelo município, em todas as faixas etárias, mas também temos estudos em andamento de casos de reinfecção com amostras de um ano atrás”.

Alerta

Apesar da evolução do programa e da contenção de uma nova onda de casos, Erika lembra que a população ainda precisa adotar metidas de proteção contra a infecção. “O primeiro alerta é continuar adotando uso de máscara, medidas de higiene e distanciamento social, para se proteger das mutações do vírus.”

Segundo a especialista, por se tratar de um vírus de RNA, ele tem propensão natural a mutações. Sendo assim, o risco é que uma eventual transformação possa gerar mutações que confiram cada vez mais poder de transmissão ou escape imunológico para o vírus, aumentando o risco de letalidade.

“Temos vacinas eficazes contra as complicações causadas pelas variantes, mas enquanto a pandemia não estive controlada, estamos sujeitos ao surgimentos de outras delas. Nesse cenário, voltaríamos a estaca zero”.

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Câncer de pele: Como identificar manchas perigosas e prevenir o risco

A gerente de enfermagem Renata vivenciou uma experiência que transformou sua perspectiva sobre cuidados com a saúde. Após ter sido orientada a realizar acompanhamento médico anual devido a uma lesão pré-cancerígena, ela negligenciou a recomendação. Anos depois, uma consulta devido a uma mancha no rosto a fez descobrir um melanoma em estágio inicial, um dos tipos mais agressivos de câncer de pele. A detecção precoce e remoção rápida garantiram um desfecho positivo.

O caso de Renata ressalta a importância do diagnóstico precoce no câncer de pele, a forma de tumor mais comum no Brasil, segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca). O melanoma, em particular, é o tipo mais raro e agressivo, e o diagnóstico rápido pode ser decisivo para a cura. Marina Sahade, oncologista do Hospital Sírio-Libanês, destaca os principais sinais de alerta, como mudanças na cor, tamanho e textura de pintas ou manchas, além do aparecimento de sangramento ou coceira.

Como identificar manchas suspeitas? A dermatologista Luísa Juliatto, do Alta Diagnósticos, orienta que é preciso ficar atento a pintas novas, em crescimento, com cores variadas ou formas irregulares. Também é importante observar pintas antigas que apresentem alterações. Feridas que não cicatrizam, sangramento, dor ou crescimento rápido de uma lesão também são sinais que demandam atenção médica. Para confirmar se a mancha é cancerígena, exames como dermatoscopia e ultrassom dermatológico podem ser necessários. Quando há suspeita, a biópsia de pele é essencial para o diagnóstico final.

Juliatto recomenda consultas dermatológicas anuais, especialmente se não houver histórico de câncer na família. Caso contrário, é importante um acompanhamento mais próximo com o especialista.

Quais manchas não são perigosas? Nem todas as manchas na pele são preocupantes. Manchas solares, sardas (efélides), ceratoses seborreicas e melasma geralmente não são sinais de câncer. Além disso, os nevos comuns, conhecidos como pintas benignas, também não são motivo de alarme.

Fatores de risco e prevenção A exposição solar excessiva e repetitiva, especialmente durante a infância e adolescência, é o principal fator de risco para o câncer de pele. Pessoas com pele clara, olhos e cabelos claros, ou com histórico familiar de câncer de pele, têm maior predisposição à doença. No entanto, é importante ressaltar que até pessoas negras podem ser afetadas.

No caso de Renata, a pele clara e o histórico familiar de câncer de pele de seu pai contribuíram para o desenvolvimento do melanoma. Após o diagnóstico, ela passou a adotar medidas rigorosas para proteger sua pele, como o uso diário de bloqueador solar e roupas especiais de proteção UV, além de evitar a exposição ao sol nos horários de pico.

Para prevenir o câncer de pele, a dermatologista recomenda:

  • Aplicar protetor solar com FPS mínimo de 30 a cada duas horas;
  • Evitar exposição solar entre 10h e 15h;
  • Utilizar barreiras físicas, como roupas com tratamento UV, boné, óculos de sol e guarda-sol.

Essas precauções são essenciais para reduzir o risco de câncer de pele e garantir uma rotina de cuidados adequados com a saúde da pele.

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